Os 10 carros mais antigos ainda à venda no Brasil

Tem carro com quase 20 anos de mercado!

Fiat Strada Fiat Strada

Pergunte para qualquer pessoa do setor automotivo e ele te dirá que o ciclo de vida de um carro, normalmente, fica entre 7 e 8 anos, com uma reestilização na metade deste período. Acima disso, ele está fazendo hora extra no mercado. É o caso de diversos modelos que ainda são vendidos no Brasil, seja por não ter um substituto pronto ou por economia da fabricante, que não quer gastar com desenvolvimento. Veja os 10 carros imortais que se recusam à deixar as concessionárias.

Leia também:

Chevrolet Montana

A Montana chegou à segunda geração em 2010, quando passou a ser construída com a plataforma do finado Agile – exatamente o motivo de estar nessa lista. Foi baseada em um carro que já saiu de linha, mas segue firme no portfólio da Chevrolet. A própria GM sabe que a picape está velha, sem mexer demais a cada ano e oferecendo o carro em somente duas versões, que partem de R$ 48.090. Nova geração? Só quando a marca lançar o novo Onix com plataforma feita em parceria com os chineses, previsto para estrear em 2019.

Fiat Doblò

Embora a Fiat diga que o Doblò está em sua terceira geração, a verdade é que ainda está na primeira, lançada em 2001. Foi reestilizada duas vezes, em 2010 e 2014, momento em que mexeram na motorização, trocando o motor 1.8 da GM pelo 1.8 E.torQ. E segue assim até hoje, embora esteja na segunda geração pós-reestilização na Europa. É vendido no Brasil em três versões, com preço inicial de R$ 82 mil.

Fiat Strada

O veículo mais antigo ainda em produção no Brasil, a Fiat Strada nasceu em 1998 com a plataforma da primeira geração do Palio. O hatch trocou de versão em 2011, mas a picape pequena seguiu com a base antiga. E seguirá assim por mais um tempo. A Fiat tinha planos de criar uma nova geração, usando a plataforma do Argo, projeto que era chamado de X6P. No entanto, ele foi congelado, sem previsão de voltar à ativa. A estratégia agora será usar a base da Fiorino para renovar a Strada, que ganhará uma cara parecida com a do Mobi. Não tem como deixá-la parada mais tempo já que é a picape mais vendida do Brasil, com preços a partir de R$ 47.990.

Fiat Weekend

A história da Fiat Weekend é igual à da picape Strada. É uma variante feita a partir do primeiro Palio, lançada em 1997 com o nome de Palio Weekend (e também conhecida como Palio Adventure) e que passou por três reestilizações desde então. Recentemente se descolou do Palio. É uma das poucas opções de perua no nosso mercado (embora a Fiat a chamasse de SUV) e tem vendas mornas para um segmento em extinção. É uma aberração, já que custa R$ 60.390 e não tem nem ar-condicionado.

Hyundai Tucson

Outro dinossauro ainda fabricado por aqui é o Hyundai Tucson de primeira geração. É montado na fábrica da CAOA em Anápolis (GO) e está disponível em apenas uma versão. O que chama a atenção é a insistência do grupo em continuar com este modelo, já que ele compartilha o chão da fábrica e das concessionárias com as gerações seguintes, o ix35 e o New Tucson. Rumores falam que finalmente irá de encontro ao seu descanso final em dezembro, agora que a CAOA comprou a operação brasileira da Chery e irá usar a linha para montar os carros da marca chinesa.

Mitsubishi L200 Triton

Com o lançamento da quinta geração da picape L200 Triton, a Mitsubishi adotou uma estratégia conhecida. Manteve a versão passada na linha de produção em Catalão (GO), lançada em 2005, como um modelo “de entrada”, junto com o modelo mais atual, oferecido como a opção topo de linha. A marca deve deixá-lo mais um tempo na linha, já que ajuda a manter a picape em evidência.

Mitsubishi Lancer

O sedã da Mitsubishi começou a ser produzido em Catalão (GO) em 2015, apesar de ter chegado país em 2007 via importação. Foi descontinuado na maior parte do mundo, exceto na China e Taiwan, onde tem uma nova geração com a mesma plataforma; e aqui no Brasil, onde ainda é montado. A marca não confirma, mas deve sair de linha em breve, já que não emplaca mais de 10 unidades desde julho e até saiu do configurador do site da Mitsubishi.

Suzuki Jimny

Quem gosta de fazer trilha já esperava pela presença do Jimny na lista. O pequeno notável da Suzuki foi lançado em 1998, o que faz com que tenha quase 20 anos de vida (completa em janeiro do ano que vem). É construído em Catalão (GO) em pequena quantidade, já que atende a um público bem específico, que gosta de um carro mais bruto e capaz de encarar qualquer situação. O prazo de validade venceu faz tempo, mas finalmente sairá de linha, com a chegada da nova geração em 2018 – que já apareceu em fotos vazadas.

Volkswagen Fox

Nem parece, mas o Volkswagen Fox nasceu em 2004, usando a plataforma do antigo Polo. E continua na linha da marca, 13 anos depois. A VW diz que está na terceira geração, mas a verdade é que passou por duas reestilizações, mantendo a plataforma e trocando os motores. Foi o primeiro carro da empresa no Brasil a usar o motor 1.0 de três cilindros. Oficialmente, continuará no mercado, entre o Up! e o Polo. Porém, fontes dizem que logo deixará de vez o país, para limpar a linha da marca, que atualmente conta com cinco hatches (Gol, Up!, Fox, Polo e Golf).

Volkswagen Gol

Na cabeça dos marketeiros da Volkswagen, o Gol está em sua sétima geração. Na real, ele está na terceira. É o velho esquema de usar a mesma plataforma e contar cada reestilização como um modelo novo. Sendo assim, é o mesmo hatchback de 2008, com troca de motores e atualização no design. Deveria ter sido aposentado, pois o projeto original era que o novo Polo fosse a nova geração do Gol. Ficou caro demais para isso e abortou o plano, mantendo o compacto brasileiro como seu carro de entrada. A Volkswagen diz que irá renovar toda sua linha até 2022, o que pode significar uma mudança de verdade para o Gol.

Envie seu flagra! flagra@motor1.com