Lista - As 10 picapes Chevrolet mais famosas do Brasil

Marca comemora os 100 anos de sua primeira picape e aproveitamos para relembrar sua história em nosso mercado

Chevrolet S10 100 Years Chevrolet S10 100 Years

Há 100 anos, a General Motors iniciava a produção de sua primeira picape, a Light Delivery. Seu sucesso incentivou a marca a continuar produzindo modelos deste tipo ao longo dos anos. Agora em 2017, a GM comemora o centenário com uma versão especial da picape média S10 para o Brasil - nos EUA, a série vale para a Colorado e para Silverado. A marca aproveitou para relembrar a história, mostrando algumas picapes clássicas que marcaram sua trajetória no mercado nacional. Confira as 10 mais importantes na galeria acima! 

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Chevrolet 3100 “Boca de Sapo”

Não dá para fechar essa lista sem falar da primeira picape que a GM vendeu no nosso mercado. A Chevrolet 3100 ganhou o apelido de “boca de sapo”, por causa de sua grade frontal larga com os faróis na extremidade. Chegou ao Brasil em 1948, feita em CKD, com as peças importadas dos EUA - a fábrica de São Caetano do Sul (SP) apenas montava o modelo. Usava o motor Thriftmaster, um seis cilindros que gerava 92 cv e que também era utilizado em outras picapes da família. Chegava a 120 km/h. Teve uma reestlização em 1954 e recebeu outro apelido, desta vez “boca de bagre”.

Chevrolet 3100 “Marta Rocha”

Em 1955, a 3100 trocou de geração, como resposta à Ford F-100 (equipada com motor V8 de válvulas no cabeçote). Era chamada de “Task Force” (força-tarefa) nos EUA, só que por aqui ficou conhecido por outro nome: “Marta Rocha”, uma homenagem à Miss Brasil de 1954 e que foi vice-campeã do Miss Universo do ano seguinte por ter duas polegadas a mais no quadril. Como a picape tem para-lamas traseiros bem proeminentes, fizeram a associação com a modelo. Tinha um motor melhor, o Jobmaster 261, também seis cilindros, mas que gerava 144 cv. Sua outra versão, equipada com o V8 de 155 cv, não chegou ao nosso mercado.

Chevrolet 3100 Brasil

A política do presidente Juscelino Kubitschek incentivava que as empresas começassem a produzir aqui com, pelo menos, 40% de peças nacionais, para receber isenções fiscais, áreas territoriais e facilidade para importação de equipamentos industriais. A GM aproveitou o momento e ergueu fábrica em São José dos Campos (SP) especialmente para produzir o Projeto 420. Em março de 1958, nascia a primeira picape brasileira, a 3100 Brasil, com 44% de peças nacionais. Contava com o motor Jobmaster seis-cilindros de 142 cv, que passou a ser feito em São Caetano do Sul (SP) no final do mesmo ano.

Chevrolet C10

A 3100 Brasil deu pano para manga por seis anos. Neste meio tempo, a GM brasileira já testava mais um modelo, a C-1404, novamente lançada como resposta à Ford F-100 que havia chegado em 1962. Lançada em 1964, a C-14 (como ficou conhecida), queria conquistar os clientes ao aliar robustez com conforto. Foi tão bem que ficou dez anos na linha da GM. Teve uma série de variantes, como a C-1414 de cabine dupla; a C-1505 de chassi longo; e a C-1503, a última da linha e que vinha sem a caçamba. Aproveitaram a mecânica para fazer modelos que não eram picapes, como a famosa C-1416, depois rebatizada como Veraneio, amplamente utilizada como viatura policial. Usava o mesmo motor de seis cilindros da 3100, com 142 cv. Passou por reestilização profunda em 1974, quando passou a ser chamada somente de C-10 e, três anos depois, recebeu o motor 151 de quatro cilindros, que gerava 90 cv – o mesmo que equipava o Opala desde 1968.

Chevy 500

Nos 1980, os brasileiros estavam migrando para picapes menores e mais econômicas, baseadas em carros de passeio, como a Fiat 147 City. A Chevrolet também entrou nessa tendência, lançando em 1983 a Chevy 500, uma variante do Chevette que usava a mesma mecânica: motor 1.6 a etanol que gerava 79 cv, além das variantes 1.4 e 1.6 a gasolina. Chegou às lojas em um bom momento, já que três anos depois o Plano Cruzado congelou os preços e elevou as vendas de forma que a GM não conseguia suprir a demanda – a fila de espera chegou a 10 meses.

Chevrolet Série 10/20

Com as boas vendas das picapes pequenas, as fabricantes pararam de investir nas grandes, que ficaram estagnadas. A GM percebeu o erro e trabalhou para revitalizar o segmento com a nova Série 10/20, mais próxima dos modelos norte-americanos. A Série 10 era menor, com capacidade de carga de 0,5 tonelada, enquanto a Série 20 carregava até 1 tonelada. Recebia uma letra antes do número para indicar o combustível, com A para álcool, D para diesel e, o único diferente, C para gasolina (para lembrar o modelo anterior). Na Série 10, os motores eram o quatro cilindros 2.4 do Opala, que gerava 88 cv com álcool ou 80 cv na versão a gasolina; e o seis cilindros que também vinha do Opala, de 135 cv com etanol e 118 cv com gasolina, disponível também na Série 2. Também havia o modelo a diesel, de 90 cv.

Chevrolet Silverado

Em 1981, a GM lançava a Silverado, picape que veio para substituir a Série 20 nos EUA como modelo de 1 tonelada. Só chegou ao Brasil em 1997, quando começou a ser produzida em Córdoba (Argentina). Diferenciava-se pelo porte maior e mais equipamentos. Contava com três motores: um 4.1 seis cilindros de 138 cv a gasolina, o mesmo do Omega nacional, com injeção eletrônica multiponto; o 4.1 diesel de quatro cilindros que gerava 88 cv; e o 4.2 turbodiesel de seis cilindros, de 168 cv. Teve vida curta, saindo da linha em 2000. Retornou em 2001, quando passou a ser fabricada em São José dos Campos, com o nome de Silverado D-20. As vendas continuaram fracas e, em janeiro de 2002, a GM encerrava a produção, para desde então não mais vender uma picape de porte grande no Brasil.

Chevrolet picape Corsa

A pequena Chevy 500 vendeu bem, e a GM brasileira ficou esperta. Quando planejou a chegada do alemão Opel Corsa B, já trabalhava em uma versão picape. Foi lançada em 1995, apenas um ano depois do hatch (a Chevy 500 chegou 10 anos depois do Chevette). Projeto completamente nacional, tinha entre-eixos 37 milímetros mais longo, para ganhar espaço na caçamba, de 945 litros. Enquanto o Corsa usava os motores 1.0 e 1.4, a picapinha estreava o 1.6 EFI a gasolina de 79 cv, baseado no que era usado pela Opel no Astra e Vectra europeus (depois passou a MPFI com 92 cv). Chamou a atenção, pois o Brasil exportou para os Estados Unidos e Europa, além de enviar peças para montagem CKD em outros lugares da América Latina. Passou por duas reestilizações, até ser substituída pela Montana.

Chevrolet Montana

A Montana nasceu em 2003 como a segunda geração da picape Corsa, porém com outro nome para dar nova identidade – as rivais lançavam novos modelos, como a Ford Courier e Fiat Strada. Mexeram na plataforma, aumentando o entre-eixos para 2,71 metros, 370 milímetros a mais. Isso aumentou a capacidade de carga para 1.143 litros e 735 kg. Aproveitou a evolução na mecânica da GM, recebendo o novo 1.8 flex de 109 cv que havia sido adotado pelo Corsa na mesma época. Em 2008, passou a contar também com o 1.4 Econoflex do Prisma, de 105 cv com etanol e 99 cv com gasolina. A segunda geração veio em 2010, desta vez com a plataforma do Corsa Classic e design inspirado no polêmico Agile.

Chevrolet S10

Enquanto a Série 20 saiu de linha para dar espaço à Silverado, a Série 10 trocou de geração em 1994 nos EUA. Para o Brasil, a GM fez um trabalho diferente, com design diferente do modelo norte-americano, apresentado no mesmo ano e chegando às lojas em 1995 com a nomenclatura gringa: S10. Foi a primeira picape média nacional. Chegou com motor quatro cilindros 2.2 de 106 cv, ganhando o 4.3 V6 Vortec de 180 cv e o 2.5 turbodiesel de 95 cv no ano seguinte. Em 1996 também ganhou um derivado, o SUV Blazer. Recebeu diversas mudanças estéticas ao longo dos anos, até ganhar uma nova geração em 2012, com o mesmo estilo da nova Colorado (que substituiu a S10 nos EUA). Passou por reestilização em 2016 e segue brigando pela liderança de vendas do segmento com a Toyota Hilux.

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