Dez anos atrás, a Kawasaki fazia história ao lançar a primeira esportiva de muitos jovens pilotos: a Ninja 250R, que trazia o estilo e a esportividade das Ninja maiores a um patamar mais acessível - de grana e de pilotagem. Daí vieram as concorrentes e a marca japonesa se viu na obrigação de deixar a "Ninjinha" mais forte, com a estreia da Ninja 300. Agora chegou a vez de subir o sarrafo novamente. E a aposta da Kawasaki vem na forma da Ninja 400, uma moto totalmente nova, do chassi ao motor. Apresentada no Salão Duas Rodas do ano passado, começará a ser vendida a partir de meados de setembro, com preço inicial de R$ 23.990 já com freios ABS. Veja como ela anda.
A Kawasaki diz ter partido de uma folha em banco para desenvolver a Ninja 400. Ou seja, ela não é apenas uma 300 com motor crescido. Para começar, o novo chassi de treliça de aço foi inspirado na supersportiva Ninja H2, com distância entre-eixos mais curta (de 1.405 mm para 1.370 mm) e braço oscilante mais longo, além de um ângulo de cáster maior. Assim, a moto ganha agilidade nas mudanças de direção, mais conforto e maior capacidade de inclinação, nesta ordem. Outra novidade é que o motor tornou-se parte da estrutura do chassi, para aumentar a rigidez do conjunto e reduzir o peso.
Redução de peso, aliás, foi uma das premissas do projeto. Por isso, além do próprio chassi, a Ninja 400 também fez regime no motor e em outros componentes, incluindo até um disco de embreagem menor (de 139 mm para 125 mm) e com a manete 20% mais leve. O resultado foi uma moto 4 kg mais leve que a Ninja 300, com apenas 168 kg.
Falando especificamente do motor, trata-se de um bicilíndrico paralelo com 399 cc e refrigeração líquida. Ele tem uma caixa de ar maior (5,8 litros contra 4,7 litros da 300) e com funis de alturas diferentes, para respostas mais lineares do motor. Além disso, esse novo desenho melhorou a eficiência na admissão (com caminho mais curto e direto para a entrada de ar no cilindro), garantindo uma nota de admissão mais instigante aos ouvidos do piloto. Ao mesmo tempo, uma válvula do corpo de borboleta maior (32 mm) ajuda a aumentar o fluxo ar, para melhor desempenho em altas rotações. Já a injeção teve os bicos posicionados mais próximos dos dutos de admissão para borrifarem combustível quase que diretamente na câmara de combustão (meio caminho para uma injeção direta), de modo a aumentar a eficiência da queima.
A Ninja 400 entrega potência de 48 cv e torque de 3,9 kgfm, acréscimos de 9 cv e 1,1 kgfm, respectivamente, em relação à antiga 300. O câmbio manteve as 6 marchas, mas com relações mais próximas entre si. As suspensões dianteiras receberam bengalas mais robustas (de 41 mm contra 37 mm), enquanto o freio a disco dianteiro agora tem 310 mm e o pneu traseiro ficou 10 mm mais largo (150 mm). Os freios ABS são de série - aliás, a Kawasaki disse que a partir da linha 2019 não venderá mais versões sem ABS de suas motos de rua.
MOTOR | 2 cilindros em linha, 8 válvulas, 399 cc, duplo comando, gasolina |
POTÊNCIA/TORQUE | 48 cv a 10.000 rpm / 3,9 kgfm a 8.000 rpm |
TRANSMISSÃO | 6 marchas; transmissão por corrente |
SUSPENSÃO | Bengalas convencionais (41 mm) na dianteira (120 mm de curso) e amortecedor único na traseira com 5 ajustes de pré-carga da mola (130 mm de curso) |
RODAS E PNEUS | Aro 17" na dianteira com pneu 110/70 R17 e aro 17" na traseira com pneu 150/60 R17 |
FREIOS | Disco semi-flutuante de 310 mm na dianteira e disco de 220 mm na traseira, com ABS |
PESO | 168 kg (ordem de marcha) |
DIMENSÕES E CAPACIDADES | Comprimento 1.990 mm, largura 710 mm, altura 1.120 mm, altura do assento 785 mm, entre-eixos 1.370 mm; tanque 14 litros |
QUADRO | Treliça de aço |
PREÇO | R$ 23.990 (cores: verde ou preta); R$ 24.990 (KRC) |
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