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Com BYD, importações de carros ao Brasil cresceram 148,4% em 2024

Dados da ABEIFA, que reúne importadores, mostram evolução no emplacamento de veículos vindos de fora do país

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Foto de: InsideEVs Brasil

Com informações de Rodrigo Perini - A ABEIFA (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) apresentou o balanço de emplacamentos de automóveis e comerciais leves referente ao período de janeiro a dezembro de 2024 de suas associadas. A entidade reúne marcas importadoras e que, em alguns casos, mantêm linhas de montagem no Brasil.

Entre as associadas da ABEIFA, vale destacar BYD, Volvo, Kia, Porsche, Land Rover, JAC, Suzuki e Jaguar. Empresas como BRP e Polaris, focadas em veículos fora-de-estrada, também são associadas, mas não aparecem em emplacamentos.

Durante 2024, considerando todas as marcas (veículos importados e produzidos no país), foram emplacadas 2.027.621 unidades no Brasil, segundo os dados da ABEIFA. Isso representa um crescimento de 10,5% em relação a 2023, quando foram registrados 1.835.734 emplacamentos.

Kia Stonic

Kia Stonic

Dentre esses números, os veículos importados totalizaram 457.100 unidades em 2024, um aumento de 33% em comparação às 343.746 unidades registradas em 2023. Já os veículos produzidos nacionalmente somaram 1.570.521 unidades, representando 77,4% do total de emplacamentos no ano.

As associadas da ABEIFA registraram 104.729 dos emplacamentos de importados em 2024, um crescimento expressivo de 141,1% frente às 43.431 unidades de 2023. A diferença entre o total de importações e o número das associadas da ABEIFA é representado por marcas com fábricas estabelecidas aqui, mas que trazem alguns produtos de fora do Brasil. Do total das associadas, 103.091 unidades foram importadas (98,4% do volume total das associadas), enquanto 1.638 unidades (1,6%) foram de veículos produzidos no país.

No recorte por marcas das associadas da ABEIFA, a BYD liderou o segmento com uma participação de 73,3% no total de emplacamentos das associadas, seguida pela Volvo (8,3%), Porsche (6,0%), Kia (5,0%), Land Rover (4,0%), JAC (1,9%), Suzuki (1,3%) e Jaguar (0,2%). Em relação ao desempenho de 2023 para 2024, a BYD apresentou um crescimento de 328%, passando de 17.946 para 76.810 unidades emplacadas. Outras marcas também cresceram, como a JAC (+149,1%), Suzuki (+32,4%) e Porsche (+19,9%). Por outro lado, algumas registraram queda, como Jaguar (-31,4%), Land Rover (-16,0%) e McLaren (-19,5%).

O segmento de veículos eletrificados (nacionais e importados) também apresentou crescimento expressivo. Em 2024, foram emplacadas 178.430 unidades, uma alta de 89,9% em relação às 93.942 unidades de 2023. Do total de eletrificados emplacados em 2024, 34,9% foram veículos elétricos puros, 41,7% híbridos, 18,5% mild hybrid e 4,5% plug-in hybrid. A distribuição regional das importações em 2024 apresentou os seguintes dados: Mercosul (49,9%), Europa (29,3%), Ásia (10,2%), México (9,7%) e EUA/Canadá (0,9%).

Salão do Automóvel de São Paulo - 2018

Salão do Automóvel de São Paulo - 2018

Dificuldades com o Salão do Automóvel

Em outubro do ano passado, os organizadores do Salão do Automóvel de São Paulo anunciaram - novamente - o retorno do evento que não acontece desde a edição de 2018. A ideia é trazer o Salão de volta para o Distrito do Anhembi, na capital paulista, seu local original. O retorno está planejado para 2025. No entanto, a promessa já havia sido feita em anos anteriores.

Enquanto o Salão do Automóvel de São Paulo ainda está na promessa, algumas associadas da ABEIFA já se pronunciaram a respeito de suas presenças no evento. A própria associação não terá um estande no evento. A estratégia é a mesma da Volvo, que também ficará de fora. José Luiz Gandini, presidente da operação da Kia no Brasil, diz que a marca tem interesse no Salão, mas enfrenta dificuldades para fechar sua participação.

De acordo com a empresa, a organização do evento estaria fazendo diferenciação entre marcas que produzem no Brasil e as que não produzem. Os preços seriam diferentes para cada uma das situações, assim como o espaço permitido dentro do pavilhão. Empresas importadoras teriam um espaço máximo para 4 ou 5 veículos na exposição cada.

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