"Criança problema", Maserati diz ter plano para sair da crise
Hoje uma das marcas com maiores dificuldades de se manter na Stellantis, italiana pode ter dificuldades de colocar plano em prática
Não se passa um dia na indústria automotiva sem se falar da Stellantis e suas marcas, que estão buscando um novo rumo após o repentino pedido de demissão de Carlos Tavares. Hoje, o assunto é a Maserati, uma das marcas mais problemáticas, que ''precisa de um plano claro''.
Essas palavras foram ditas por Jean-Philippe Imparato, Diretor de Operações do grupo, em uma reunião com sindicatos no último dia 17 de dezembro de 2024.
Maserati Quattroporte Trofeo 2021
Os atrasos
Esse plano já terá que terá que começar com os números negativos de 2024, que podem fazer com que a Maserati venda menos de 10.000 unidades. Números que revelam uma profunda crise para a fabricante italiana, com modelos que já foram aposentados e novos modelos - especialmente carros elétricos - incapazes de decolar. Como o novo Maserati Quattroporte, uma nova encarnação do sedã superesportivo estava planejado para 2025 e, agora, foi adiado para uma data ainda a ser determinada.
Para 2025, portanto, a única novidade deve ser o Maserati MC20 Folgore, o cupê esportivo em versão 100% elétrica. Por enquanto, ainda não houve anúncios ou teasers. Veremos. O plano anterior também previa a chegada dos novos Ghibli e Levante, que assim como o Quattroporte, parecem ter sumido do radar.
Maserati MC20
Promessas a serem cumpridas
A reunião com os sindicatos foi uma oportunidade para Imparato reiterar o que ele disse há alguns dias, especialmente o compromisso da Stellantis na Itália, começando pela fábrica de Mirafiori (ITA).
''Não iremos para a extinção da Mirafiori, porque teremos um novo carro, o Fiat 500 híbrido, e se temos um novo carro não podemos ir para a extinção. Temos que trazer um produto e, portanto, também teremos que trazer pessoas, trabalhadores, com vistas à mudança geracional. Não tenho dúvidas sobre a continuidade do negócio".
Um objetivo que, no entanto, deixou os sindicatos indiferentes. A mudança de ritmo na Stellantis deve ser determinada com notícias concretas sobre investimentos e nova produção", disse Ferdinando Uliano, secretário geral da Fim-Cisl, a federação italiana que defende as siderúrgicas, telecomunicações e construções navais.
"Nossa opinião não mudou desde ontem e é negativa, embora entendamos as dificuldades pelas quais a Stellantis está passando com a mudança de CEO. O que eles nos disseram hoje não pode ser suficiente e, provavelmente, o que eles dirão na mesa do MIMIT não será suficiente", declarou Rocco Palombella, secretário geral do sindicato UILM.
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