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Stellantis começa a implementar mudanças após saída de Carlos Tavares

Ex-CEO pediu demissão no início do mês em meio à insatisfação de acionistas e concessionários com a condução da empresa

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A saída de Carlos Tavares do comando da Stellantis, anunciada no início do mês, já começou a surtir efeito dentro da estrutura da empresa. Prova disso vem da Europa, onde a companhia acaba de confirmar seu retorno ao quadro de membros da Acea (Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis). A saída da entidade havia ocorrido em 2022 a mando do próprio Tavares e, à época, gerou bastante polêmica.

Na ocasião, a mídia noticiou que a movimentação foi motivada principalmente pelos desentendimentos existentes entre Tavares e os chefes de outras fabricantes associadas, especialmente as de origem alemã. Agora, sem a interferência do antigo CEO, a Stellantis expressa o desejo de fazer as pazes com os demais membros e reduzir o atrito criado ao longo dos últimos anos.

John Elkann e Carlos Tavares

Ex-CEO Carlos Tavares ao lado de John Elkann, herdeiro da Fiat e agora no comando da Stellantis 

A Acea foi receptiva ao retorno da Stellantis e, através do presidente Luca de Meo, desejou boas-vindas à empresa. "Acolhemos com satisfação o pedido da Stellantis para voltar a aderir à associação. Dada a crise de competitividade sem precedentes na Europa e a necessidade coletiva de enfrentar os desafios da transformação verde, é mais importante do que nunca permanecermos juntos", disse.

Stellantis

O retorno à entidade, como dito, foi interpretado como uma sinalização à normalização das relações com os fabricantes europeus diante da crise que afeta grandes players da região. Nesse sentido, a Stellantis deverá agora alinhar-se com as posições da associação sobre a questão das multas às emissões a partir de 2025. A batalha está sendo travada com o grupo exercendo cada vez mais pressão sobre a União Europeia.

A estratégia, ao que tudo indica, está dando resultados. Segundo rumores, Teresa Ribera, vice-presidente da Comissão Europeia responsável pela Transição Limpa, pensa em congelar as multas para as fabricantes que, a partir de 1º de janeiro de 2025, excederem os novos limites de CO2. 

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