No início de outubro, a GWM começou o processo de contratação de funcionários para sua fábrica em Iracemápolis (SP). Era indício de que a empresa estava se aproximando do início das atividades também. A linha de montagem foi adquirida da Mercedes-Benz em 2021 e ainda não tinha uma data específica para a abertura, apenas uma expectativa para o ano que vem.

Agora, o diretor de assuntos institucionais da GWM Brasil, Ricardo Bastos, deu uma entrevista ao jornal Valor Econômico adiantando quando o a fábrica deve começar a produzir os modelos da chinesa: maio de 2025. O primeiro modelo a sair de lá deve ser o SUV híbrido Haval H6.

Great Wall Motors - Fábrica em Iracemápolis

Great Wall Motors - Fábrica em Iracemápolis

De acordo com a publicação, ao contrário do inicialmente planejado, os veículos serão produzidos a partir da montagem de conjuntos de componentes trazidos prontos da China. Para estar apta a receber os benefícios fiscais do programa Mover, do governo federal, a direção da GWM decidiu montar os carros peça por peça, o que agilizará o processo de nacionalização e permitirá exportar mais rapidamente também.

Uma das razões para desistirem do sistema CKD (com o carro chegando parcialmente montado) foi a presença de uma cabine de pintura pronta na linha de montagem. Como no CKD os carros chegariam pintados, a cabine não teria uso. Além disso, a GWM precisa aialcançar 40% de nacionalização para exportar na região se aproveitando de benefícios tarifários.

BYD Song Plus vs. GWM Haval H6 PHEV19
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A planta está programada para entregar 20.000 veículos por ano no primeiro momento e, nos próximos três anos, terá capacidade ampliada para produzir 50.000 unidades. Em outra oportunidade, Bastos já havia declarado que o objetivo é alcançar 60% de nacionalização dentro de três anos, o que nos permitirá iniciar a exportação para a América Latina.

Com a linha Haval H6 sendo produzida no Brasil, a GWM se juntará ao pequeno grupo de montadoras que fazem carros híbridos por aqui. Todos os H6 têm algum tipo de eletrificação, seja híbrida convencional ou plug-in, que privilegia o uso do motor elétrico por períodos maiores. Na entrevista, Bastos declarou que, num primeiro momento, os carros serão híbridos a gasolina, mas a Bosch já estaria desenvolvendo componentes para que o conjunto seja flex, também rodando com etanol.

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