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Não é só no Brasil: Portugal também sofre com quilometragem adulterada

Assim como aqui, o país do Fado também sofre com fraudes em veículos usados

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Não é só no Brasil: Em Portugal, o risco de comprar um veículo com quilometragem adulterada é apenas uma das muitas preocupações de quem compra automóveis usados, de acordo com uma investigação feita pela carVertical, um serviço que fornece relatórios detalhados sobre o histórico de carros e motocicletas presente naquele país.

O levantamento também mostra que a probabilidade de ocorrerem danos ao longo da vida de um veículo se mantém consistentemente elevada em todos os níveis de quilometragem, incluindo os veículos com poucos quilômetros percorridos. 

Entre todos os veículos verificados na carVertical em Portugal, os veículos com quilometragem entre 200.000 e 250 000 km eram os que mais se tinham envolvido em acidentes – 47,5% destes relatórios apresentavam registos de danos. 

012 - O quadro de instrumentos da versão SLE em 1986

Contudo, os acidentes são uma questão que se destaca em todos os escalões de quilometragem. Aliás, as taxas de danos são mais elevadas nos veículos com até 200.000 km. Isto prova que o problema tem a mesma importância, independentemente da quilometragem do veículo. Por exemplo, embora a taxa de danos seja de 34,8% nos veículos com 50.000 a 100.000 km, aumenta para 40,6% nos veículos com mais 50.000 km. Mesmo os veículos com baixa quilometragem (0 a 50.000 km) registam uma taxa de danos de 26,1%.

Ainda segundo a empresa, ao saberem que uma parte do veículo foi danificada, os compradores (ou concessionários) podem levá-lo para um check-up e verificar se há vestígios de reparos de baixa qualidade. Por exemplo, se a dianteira do veículo tiver sofrido um impacto, verifica-se se há corrosão ou indícios de reparos abaixo do padrão. Estes dados podem ajudar a decidir se o carro deve ser comprado ou se deve ser procurado outro negócio.

Os relatórios históricos dos veículos podem oferecer informações valiosas sobre o passado, nomeadamente um histórico de danos e eventuais discrepâncias no hodômetro. Estes dados permitem que o consumidor resolva eventuais assimetrias de informação e compreenda melhor o estado real do veículo. Assim, consegue prever possíveis custos de propriedade e tomar decisões informadas e ponderadas. 

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Maioria dos portugueses prefere carros entre 50.000 e 200.000 mil km 

De todos os carros verificados na carVertical por utilizadores em Portugal, os mais populares (29,3%) foram os veículos com quilometragem entre 50.000 e 100.000 km. Seguiram-se os carros com 100.000 a 150.000 km (28,3%), enquanto os carros com 150.000 a 200.000 km percorridos representaram 16,9% de todos os relatórios históricos de veículos dentro dos intervalos de quilometragem verificados pela empresa. 

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Embora a maioria dos portugueses não tenha atravessado a linha dos 300.000 km ao pedir um relatório da carVertical, patamar em que o risco de adquirir um automóvel com o hodômetro adulterado aumenta consideravelmente, as probabilidades de adquirir um veículo deste tipo não são nulas. Cerca de 2,1% dos automóveis entre 50.000 e 100.000 km, tinham hodômetros adulterados. Além disso, 34,8% destes veículos também tinham registos de danos, o que pode sugerir problemas subjacentes.

Metodologia 

A investigação da carVertical examinou relatórios históricos reais, adquiridos pelos utilizadores da empresa, de junho de 2023 a junho de 2024. O processamento de milhões de verificações de históricos automóveis permite que a empresa identifique tendências, informações, e previsões sobre o mercado de veículos usados. 

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