A marca chinesa NIO, considerada uma das mais promissoras da atual safra de novatas orientais, caminha para estabelecer atividades de produção na Europa nos próximos anos. A fabricante tem interesse estratégico em produzir na região para driblar complicações alfandegárias e analisa diversas possibilidades. Entre as opções, destaque para a possível aquisição da fábrica da Audi na Bélgica.

Os alemães já confirmaram que planejam interromper a produção na unidade até o final de 2025, quando o último exemplar do SUV elétrico Q8 E-tron sairá das linhas de montagem. A planta fica localizada na cidade de Vorst, nos arredores de Bruxelas, foi inaugurada em 1949. Ao longo da história, a fábrica produziu também carros da Volkswagen, como Golf e Passat, bem como modelos da Seat, Porsche e, mais recentemente, o Audi A1.

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Segundo a imprensa belga, dirigentes da NIO visitaram recentemente as instalações e fizeram diversas considerações sobre a possível compra. Até a próxima segunda-feira, 23, os chineses prometem enviar uma proposta para o grupo Volkswagen. A planta atualmente emprega cerca de 2.910 funcionários e vem enfrentando diversos protestos contra seu fechamento. Foi a primeira da Audi a operar em regime de 'Carbono Zero'.

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NIO ET5 Touring

Com produção estabelecida localmente, a NIO espera fornecer maior volume de veículos ao mercado e, ao mesmo tempo, escapar das complicadas questões alfandegárias ou possíveis sanções econômicas. Hoje, a marca comercializa veículos em países como Noruega, Alemanha, Holanda, Suécia e Dinamarca. Com a provável aquisição da fábrica, passará a atuar comercialmente também na Bélgica. Além da marca própria NIO, a empresa atua com as subsidiárias ONVO e FireFly.

Todas têm portfólio amplo e composto com SUVs e sedãs elétricos. A empresa também tem destaque no desenvolvimento de sistemas autônomos de condução.

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