O mercado chinês sempre foi um tanto confuso, a Volkswagen, por exemplo, não é só Volkswagen, existe a VW-SAIC, VW-FAW, a marca Jetta, entre tantas. Isso só falando da marca alemã, porque a situação fica um pouco mais confusa quando se fala das marcas chinesas, como a Chery. Por aqui, a marca tentou vôo solo por alguns anos até que, em setembro de 2017, o grupo CAOA comprou 51% das operações brasileiras da marca, formando a CAOA-Chery.
O império da CAOA, entretanto, não abrange outras marcas da chinesa, como a Fulwin, sub-marca criada em 2023 para vender veículos híbridos plug-in, nem Omoda e Jaecoo. Essas duas, inclusive, estão com passaporte carimbado para o Brasil, situação bem diferente da Fulwin, mas falaremos delas depois.
Apresentado há poucos dias na China, o SUV foi recentemente registrado pela Chery no Brasil. Suas chances por aqui, porém, são quase remotas, o modelo tem 5,15 m de comprimento, 1,99 m de largura e 1,80 m de altura, além de entre-eixos de 3,10 m, ficando acima do Tiggo 9.
Na parte mecânica, o SUV, assim como outros modelos da submarca, é um híbrido plug-in (PHEV). Seu propulsor é um 1.5 turbo a gasolina associado a outros motores elétricos que fornecem tração nas quatro rodas. A unidade é capaz de produzir 156 cv de potência e 22,4 kgfm de torque.
Espera-se que a autonomia em modo totalmente elétrico seja de mais de 200 km. Com combustível fóssil e bateria carregada, especula-se autonomia de 1.400 km. O tempo de carregamento para 30 a 80% é supostamente de 19 minutos. Diz-se que o T11 tem um tempo de aceleração de 0-100 km/h na casa dos cinco segundos.
Até agora, não há imagens do interior do T11. No entanto, com base em anúncios anteriores, sabe-se que a frente tem uma tela integrada de 30 polegadas e que há uma tela de 17,3 polegadas para entretenimento na segunda fileira. Também deve haver uma geladeira escondida a bordo. Os assentos da segunda fileira são ajustáveis e, junto com os assentos dianteiros, têm funções de aquecimento, ventilação e massagem. Acredita-se que os próprios assentos revestidos em couro podem ser controlados por voz, junto com outras funções no carro.
O visual polêmico do SUV, ao menos para a mídia chinesa, remete aos modelos da Range Rover, principalmente na dianteira. Vale lembrar, inclusive, que a Chery tem parceria com a Land Rover por lá. O vídeo abaixo mostra mais do T11 por dentro e por fora.
O mercado automotivo do Brasil contará com a participação de mais duas montadoras chinesas a partir de 2025: a Omod-Jaecoo. Pertencentes ao grupo Chery, as marcas vêm negociando chegada ao país desde 2023 e devem finalmente iniciar operações a partir do primeiro trimestre do ano que vem.
Para o lançamento, as marcas esperam ter pelo menos 50 concessionárias espalhadas por todo o Brasil e estabelecer acordos com parceiros nacionais. Para a primeira fase do projeto, incluindo branding e demandas iniciais, estão previstos R$ 200 milhões em investimentos. Omoda-Jaecoo dividirão as mesmas lojas e toda a operação será própria, ou seja, sem relação com o grupo CAOA.
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