Carlos Sainz está considerando um futuro com a Williams na Fórmula 1. Não se trata de especulação, mas de uma negociação real que o 'staff' do espanhol está buscando como alternativa à escolha da Audi. À primeira vista, a dupla Sainz-Williams pode parecer surpreendente, mas uma análise mais profunda revela um cenário diferente.
Os últimos rumores confirmaram que, para Carlos (salvo qualquer reviravolta), as portas da Mercedes e da Red Bull estão fechadas, uma situação que priva Sainz da oportunidade de ter um lugar em uma equipe de ponta, pelo menos em 2025.
O cenário resultante é muito claro: Alpine, Haas, Williams e Sauber (leia-se Audi) permanecem no mercado. Com vistas à próxima temporada, entrar para a Williams não significa almejar pouco. Pelo contrário, se a tendência atual for seguida (em 2025 não deve haver novos projetos, mas desenvolvimentos dos monopostos na pista nesta temporada), o oposto será mais provável, ou seja, um pacote Williams mais competitivo.
Obviamente, a escolha também deve ser lida em 2026, já que nenhuma equipe (muito menos Sainz) está em busca de contratos anuais. Daqui a dois anos, elas estarão partindo de uma folha de papel em branco, o que obviamente também será o caso da Audi e da Williams.
No caso da equipe alemã, haverá a tão esperada estreia da primeira unidade de potência projetada e construída de forma independente, enquanto a Williams dependerá muito do projeto da Mercedes.
Se eles conseguirem fazer um trabalho em Brixworth que corresponda às altas expectativas de Toto Wolff, a Williams também se beneficiará, como aconteceu em 2014, quando a equipe britânica terminou em terceiro lugar no Campeonato de Construtores quando a unidade de potência híbrida fez sua estreia.
Haverá então um grande mercado de pilotos em 2026, já que muitos dos contratos assinados durante esta temporada expirarão, e Sainz (que terá 32 anos) poderá reavaliar seu futuro. Esse é, e será, um passo importante para Carlos, que não quer ser pego de surpresa como foi nesta temporada. A escolha dos próximos dois anos deve ser interpretada como o melhor compromisso possível para retornar ao lugar 'que conta' quando as portas das principais equipes se abrirem novamente.
"Colocarei as opções na mesa e tomarei a decisão certa", explicou Sainz em reunião com a imprensa hoje. "Só posso dizer que, assim que todos os aspectos forem esclarecidos, isso se concretizará muito rapidamente. Mas, no momento, ainda não decidi, e posso acrescentar que não tenho prazos fixos a cumprir. O que estou prestes a tomar é uma decisão importante para minha carreira, em breve terei 30 anos e me darei todo o tempo necessário para avaliar cada detalhe da escolha que farei".
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