A Citroën está com uma estratégia global de ter produtos mais acessíveis para cada segmento e mercado. No Brasil, temos o C3 entre os hatchbacks e, em breve, o novo C3 Aircross como SUV compacto e, em 2024, um novo modelo que deve ser um SUV-cupê, todos sobre a plataforma que chamam de Smart Car.
Na Europa, o novo Citroën C3 foi apresentado nesta semana. Apenas elétrico, é feito sobre a mesma base Smart Car e se posiciona, entre os elétricos, como um dos mais baratos da região. Além do visual, o que mais muda na comparação com o nosso Citroën C3, este desenvolvido para mercados emergentes, como a Índia e o Brasil.
A plataforma Smart Car é uma simplificação da CMP com foco em produtos mais baratos e na eletrificação. Estreou por aqui com o nosso C3, sendo que na Índia tem a versão elétrica, e agora aparece na Europa com este e-C3 justamente como uma forma de ter um carro elétrico mais acessível, mas não é exatamente o mesmo carro.
Apesar da mesma plataforma, o C3 europeu tem uma estrutura reforçada para atender as normas de impactos da região. Enquanto o nosso oferece apenas 2 airbags, o europeu tem os 6 airbags, além de, desde a versão de entrada, os alerta de colisão com assistente de frenagem de emergência e o alerta de saída de faixas.
As dimensões são bem próximas. Em comprimento, o C3 europeu tem 4.015 mm, ante os 3.981 mm do nosso hatch, mas os 34 mm de diferença estão mais ligados a parachoques e design que a estrutura em si. O entre-eixos de 2.540 mm é o mesmo, e a largura de 1.813 mm é 80 mm maior que o nosso pelo design dos apliques, feitos para rodas de até 17". A altura de 1.577 mm é um pouco menor que os 1.586 mm do C3 brasileiro. No porta-malas, quase um empate: 310 litros no C3 europeu, 315 litros no brasileiro.
A silhueta do C3 europeu e do nosso C3 é bem semelhante. O formato com teto alto priorizou o espaço interno para cabeça e uma posição de dirigir bem elevada em ambos os casos. O formato básico das portas é o mesmo, mas o europeu muda o desenho do vinco inferior e recebe outras maçanetas. Na traseira, o vinco vindo da lanterna é mais suave na novidade, assim como os apliques são maiores e mais largos para acomodar rodas de até 17" - o brasileiro tem, no máximo, 15".
A dianteira e a traseira do novo C3 europeu traz uma identidade bem diferente do C3 para os mercados emergentes. A traseira até nos lembra o que veremos no C3 Aircross em pouco tempo com um formato diferente das lanternas e uma barra preta fazendo a ligação pela tampa traseira. É um visual mais vincado e quadrado. Na dianteira, não há os faróis em duas partes, com luzes diurnas em C e o novo logo da Citroën.
O interior pode até ter elementos que lembram o C3 mais simples, mas tem um acabamento mais cuidado e mais elementos modernos. O painel de instrumentos fica em uma posição diferente, elevado em formato fino, mas com todas as informações concentradas. O sistema multimídia lembra um tablet colocado no painel e concentra diversas funções. O ar-condicionado pode ser automático ou manual, controlados mais abaixo. Como é apenas elétrico na Europa, o C3 tem um seletor de câmbio e freio de estacionamento automático.
O novo Citroën C3 é, na verdade, chamado de e-C3 na Europa. Não há versões a combustão, apenas duas com o motor elétrico dianteiro de 113 cv com um conjunto de baterias de 44 kWh para uma autonomia, segundo o WLTP, de 320 km. Em 2024, terá uma versão mais barata e com menor autonomia.
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