Nome forte quando falamos em SUVs de luxo e, principalmente, de um Jeep, o Grand Cherokee volta ao Brasil. Sua quinta geração desembarca por aqui em versão única com o conjunto 4xe, um híbrido plug-in com motor 2.0 turbo e mais dois motores elétricos para um total de 380 cv. Preço? Como está no título, R$ 569.990.
Presente no Brasil desde a sua primeira geração, o Jeep Grand Cherokee se posiciona como o modelo mais caro da marca no Brasil. É um SUV de 5 lugares, com 4.914 mm de comprimento, 2.964 mm de entre-eixos, 2.149 mm de largura e 1.799 de altura, sendo 214 mm a altura mínima do solo. No porta-malas, 580 litros de capacidade, e o Jeep Grand Cherokee pode rebocar até 2.332 kg.
O sistema híbrido não é o mesmo do Jeep Compass 4xe. No Grand Cherokee, o motor elétrico está instalado dentro da transmissão, não no eixo traseiro de forma separada. Este motor mais potente tem 136 cv e 27 kgfm e aproveita inclusive a relação de marchas do câmbio de 8 marchas. A potência pode ficar no eixo dianteiro ou ir para o traseiro com uma caixa de transferência central.
O motor a combustão é o 2.0 turbo, chamado Hurricane, o mesmo que a Ram aplicou na Rampage. São 272 cv e 40 kgfm de torque, que recebe um motor-gerador de 48 volts por correia de 45 cv e 5,4 kgfm, que auxilia o 2.0 turbo em situações como arrancadas e retomadas. Em conjunto, o Grand Cherokee 4xe tem 380 cv e 65 kgfm de torque. A bateria é de 17,3 kWh com potência máxima de recarga de 7,4 kW em AC e, segundo o Inmetro, a autonomia elétrica é de 29 km.
Como modelo topo da Jeep, o Grand Cherokee volta justamente onde ele estava no passado. Sua briga é, principalmente, com modelos da Volvo, BMW, Mercedes-Benz e Audi. Por R$ 569.990, carrega um acabamento cuidado, com detalhes em madeira, preto e alumínio. Além da tela do painel e a central para o sistema multimídia, uma tela para o passageiro permite, inclusive, conectar um fone bluetooth para uso de fonte de mídia diferente. Com o Head-Up Display e o retrovisor com câmera, a Jeep diz que "são mais de 50" em telas".
O seletor do câmbio é rotativo, junto com o seletor de modos de tração. No lado esquerdo do motorista, o seletor de modos do sistema híbrido: Hybrid, e-Save e Electric. Até mesmo o ajuste da coluna de direção é elétrica, completando um pacote de conforto que inclui um sistema de som Alpine com cancelamento de ruídos e teto-solar panorâmico
O pacote de assistentes tem piloto automático adaptativo, centralizador de faixas, monitor de ponto-cego com detector de tráfego cruzado, frenagem automática de emergência, câmeras 360 e farol-alto automático.
O contato com o Grand Cherokee 4xe foi curto, em trajeto urbano. Como sempre valorizou como um SUV de luxo, o acabamento é muito bom, assim como o conforto ao rodar mesmo nos piores pisos. Com a ajuda do motor elétrico, o silêncio a bordo é algo que chama a atenção, além do cancelamento de ruídos do sistema Alpine.
Com um pacote completo, pode ser a opção aos SUVs das marcas premium como um carro mais discreto e com, talvez, um conjunto mais robusto de suspensão, por exemplo. Ele não é barato nos Estados Unidos, já acima dos US$ 60 mil, e não seria diferente no Brasil. Para este ano, serão 150 unidades importadas, que a Jeep espera vender em poucas semanas em sua rede de 80 concessionários preparados para o 4xe.
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