Petrobras muda estratégia e quer diesel e gasolina com preços competitivos
Empresa muda política de preços e não fará mais reajustes de acordo com a paridade de importação do petróleo
Após uma rápida discussão, a diretoria da Petrobras aprovou a adoção de uma nova estratégia comercial para definir os preços do diesel e da gasolina para as distribuidoras. Irá substituir a Política de Paridade de Importação (PPI), que provocava reajustes constantes de acordo com a mudança do preço do petróleo no mercado global. A promessa da empresa é que a nova forma de definir os valores traga uma precificação mais competitiva.
De acordo com a Petrobras, a reunião realizada ontem (15) determinou que os preços do diesel e da gasolina usarão referências de mercado como o custo alternativo do cliente e o valor marginal para a Petrobras. Este custo alternativo seria as alternativas de suprimento entre outros fornecedores e produtos substitutos, enquanto o valor marginal é o “custo de oportunidade” ao considerar a produção, importação e exportação do combustível e /ou dos petróleos usados no refino.
“Com essa estratégia comercial, a Petrobras vai ser mais eficiente e competitiva, atuando com mais flexibilidade para disputar mercados com seus concorrentes. Vamos continuar seguindo as referências de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o país”, destaca o Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Em uma entrevista coletiva feita recentemente, Prates havia dito que a meta era ter uma forma de reajustar os preços com uma certa frequência, evitando as políticas anteriores de congelamento dos valores; e, ao mesmo tempo, acabar com as mudanças frequentes nos valores por conta de fatores externos, o que o executivo chamou de “maratona de reajustes”.
Além de não mexer nos preços do diesel e da gasolina por conta do mercado global, a Petrobras quer conseguir um alinhamento de preços mais competitivos de acordo com os valores praticados em cada mercado e região. Ainda acontecerão reajustes, mas sem um periodicidade definida, evitando o repasse da cotação internacional e taxa de câmbio – na política anterior, a Petrobras tinha que fazer ao menos uma alteração nos preços por mês.
Apesar de explicar a filosofia por trás da nova política de preços, a Petrobras não foi clara sobre como funcionará o cálculo para chegar nos valores para o diesel e a gasolina, muito menos como cada fator irá pesar na precificação.
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