Os rumores a respeito do retorno do carro popular estão crescendo nos últimos meses. Apesar de declarações de membros do governo feitas no mês terem revelado que as discussões estava acontecendo de forma acelerada, pouco havia sido confirmado de fato. No entanto, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o mistério deve acabar em breve.
De acordo com a publicação, fortalecer novamente o setor automotivo tem sido uma das metas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A autarquia deverá anunciar a primeira etapa da volta do carro popular no próximo dia 25 de maio. Data que coincide com o Dia da Indústria.
O plano ainda abrangeria ações de incentivo para toda a cadeia industrial, não apenas as montadoras de veículos. Entre as medidas estariam a inclusão de linhas de crédito para o setor fabril, reduções de tributos, exigência de aumento da nacionalização de componentes manufaturados e um programa de financiamento para veículos.
Mais especificamente para a indústria automotiva, as conversas estaria acontecendo diretamente com as montadoras, sem o intermédio da Anfavea, associação que reúne as fabricantes instaladas no Brasil. O motivo seria que as novas políticas que serão anunciadas demandarão decisões individuais de cada montadora.
As discussões estariam focadas no segmento de carros de entrada, categoria em que os carros já têm preços variando entre R$ 70 mil e R$ 80 mil. Os veículos em si não devem mudar, o que elimina o rumor de os carro ficaram ainda menos equipados. A ideia seria focar nos modelos 1.0 de entrada e fazer com que seus valores caiam para um patamar entre R$ 50 mil e R$ 60 mil.
A Folha de S. Paulo ainda cita que Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente e principal executivo do MDIC, já teria se reunido com executivos da Renault. Dessa forma, leva-se a crer que o Kwid deverá ser um dos primeiros a anunciar os resultados do novo regime para "carros populares" nas próximas semanas.
De acordo com as informações da publicação, estaria ficando claro que o governo tentará mexer o mínimo possível nos carros atualmente oferecidos no mercado brasileiro. O foco seria atuar em uma faixa de preço específica e encontrar soluções para que os valores sejam menores, ou formas de torná-los mais acessíveis. Os boatos de que este novo carro popular precisaria rodar apenas com etanol para ser elegível aos descontos deve ficar para um segundo momento.
Membros do MDIC já afirmaram no passado que o ministério também tem interesse em reduzir a ociosidade do setor. Hoje, a indústria automotiva brasileira opera com 47% de ociosidade ante a capacidade de produzir 4,5 milhões de veículos por ano. Um dos projetos sugeridos seria uma ampliação do programa Renovar, hoje disponível somente para caminhões, passando a englobar também automóveis, incentivando a troca dos veículos com mais de 10 anos e a reciclagem dos mesmos. Vários projetos estariam, como a expansão da política de renovação de frota para carros de passeio e uma nova fase do Rota 2030.
Fonte: Folha de S. Paulo
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Eletroescola? Projeto de lei prevê aulas de direção com carros elétricos
Fiat Mobi alcança 600 mil unidades produzidas em quase 9 anos de mercado
Governo federal pode ser obrigado a abastecer carros oficiais com etanol
VW revela novo Tiguan 2025 nos EUA e adianta SUV que pode vir ao Brasil
China quer instalar uma fábrica de automóveis na Argentina
Quer apostar? Híbridos vão depreciar mais que elétricos daqui a 10 anos
EUA: plano do governo para barrar chinesas poderá afetar Ford e GM