A eletrificação dos veículos e o eventual fim dos combustíveis fósseis começou mundialmente. Muitas fabricantes, se não todas, prometeram uma linha completa de carros elétricos para a próxima década, enquanto algumas empresas como a Hyundai, estão desenvolvendo também produtos que usam hidrogênio.
Enquanto isso, outras marcas estão de olho nos combustíveis sintéticos, também chamados de e-fuels, como uma forma de manter os motores a combustão vivos no futuro. Também são emissões zero como o hidrogênio e os elétricos, embora ainda estejam bem longe de serem usados comercialmente, ainda em desenvolvimento e sem data para estrear.
A Hyundai não é uma dessas marcas, ao menos não por enquanto. Motor1.com participou de um bate papo com executivos da Hyundai durante o Seoul Mobility Show e perguntamos se o desenvolvimento de combustíveis sintéticos estava nos planos da fabricante para o futuro.
De acordo com Woo suk Kim, chefe de planejamento de produto para a Ásia, a Hyundai está focada nos veículos elétricos e movidos a hidrogênio. A fabricante não está pensando em se aventurar em outros tipos de combustíveis neste momento.
Jin Cha, vice-presidente e chefe da estratégia global e planejamento da Hyundai, adicionou: "Com diversos funcionários trabalhando para nós, não temos certeza do que cada engenheiros está trabalhando em termos de pesquisa, é por isso que não podemos descartar a possibilidade da Hyundai desenvolver o uso de combustíveis sintéticos. No entanto, neste momento, não existe a comercialização de combustíveis sintéticos, mas quem sabe sobre o futuro?"
Em uma mudança de planos, a União Europeia concordou em abrir uma brecha no banimento dos veículos com motores a combustão a partir de 2035. As fabricantes poderão vender carros a combustão, desde que usem combustíveis sintéticos. A Comissão Europeia cedeu e criou uma categoria de veículos para modelos que usem somente e-fuels, que precisarão ter uma tecnologia para impedir que rodem com gasolina ou diesel.
Os combustíveis sintéticos são neutros em carbono durante a combustão, pois o CO2 retorna a atmosfera na mesma quantidade em que é retirado. Porém, ainda são produzidos em uma quantidade muito pequena e de forma experimental, motivo pelo qual algumas empresas como Toyota e Volkswagen não pensam em investir neste tipo de propulsão.
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