Uma das discussões mais comuns envolvendo a indústria automotiva é a falta de um programa de renovação da frota, para evitar o envelhecimento. Uma pesquisa feita em 2021 aponta que a idade média dos automóveis circulando no Brasil é de 10,5 anos, a mais velha em 26 anos. Isto pode começar a mudar com uma proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de incentivar a troca de veículos.
Seria uma ampliação do Programa Renovar, criado pelo governo anterior e que, atualmente, só prevê a substituição de caminhões, implementos rodoviários, ônibus, microônibus, vans e furgões com mais de 30 anos de fabricação. Esta troca é feita usando um fundo formado por recursos de empresas de combustíveis. Este mesmo fundo das petroleiras agora seria usado para carros de passeio, embora as regras não estejam definidas.
“Vim tratar com o vice-presidente da possibilidade de estabelecer um programa que usa o fundo das petroleiras e dedicar esse fundo à transição ecológica por meio da renovação de frota de carros muito velhos, que precisam ser retirados de circulação, mediante indenização para que a frota seja renovada em respeito ao meio ambiente”, declarou Haddad.
O ministro explica que este fundo já existe e não envolverá novos gastos. Como ainda está em uma fase inicial, o Ministério da Fazenda formará uma equipe técnica para estudar a proposta, mas Haddad diz que será um processo rápido, por ser um recurso “que já está segregado para isso” e que espera dar uma resposta ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Este fundo é abastecido pelas petroleiras, enviando 0,5% a 1% da receita bruta da produção dos campos cedidos pelos contratos de concessão das petroleiras. O destino deste montante seria para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), estimulando a criação de novas tecnologias no setor.
Caso seja aprovado, será um alívio para a indústria automotiva. Com carros cada vez mais caros, que já beiram os R$ 70 mil, o baixo poder de compra da população e as taxas de juros altas impossibilitando financiamentos, muitas fabricantes anunciaram paralisações em suas fábricas por conta da falta de clientes e a queda nas vendas. Recentemente, surgiu uma discussão sobre Carro popular pode voltar com 1.0 a etanol e preços entre R$ 50 mil e R$ 60 mil, com preços a partir de R$ 50 mil, mas que seriam abastecidos somente com etanol e que teriam uma tributação diferenciada.
Fonte: Agência Brasil
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