O final de 2013 entrou para a história como o ano que a Volkswagen Kombi se despediu do mercado brasileiro após 56 anos de produção por aqui. Em 2014, passou-se a exigir airbags e freios ABS de série em todos os carros feitos no Brasil, algo que o projeto arcaico da Velha Senhora não permitiu. Mas ela não foi a única despedida importante de 2013.
Na mesma época, a Fiat também precisou tirar de linha o Mille, versão original do Uno que persistia sem mudanças profundas desde 1984 no Brasil e chegou a conviver com a nova geração do carro por algum tempo. Para marca este fim, o carro recebeu na época a série especial Grazie Mille para a despedida.
Hoje, algumas unidades ainda aparece para venda e os preços podem parecer elevados, mas o Fiat Mille Grazie Mille pode ser o mais barato dos carros especiais de despedida do passado recente, ao contrário da Kombi e do Gol Last Edition, que passam facilmente dos R$ 150 mil.
Tratava-se da série especial de despedida do Uno original da década de 1980. Ela foi anunciada em dezembro de 2013 e, naquele ano, custava R$ 31.200. Não parece muito hoje, mas, naquela época, o Mille convencional tinha preços partindo de cerca R$ 22 mil. Para a série especial, a Fiat anunciou a produção de 2.000 unidades.
O Grazie Mille chegou então nas lojas da Fiat com duas opções de cores. Eram elas Verde Saquarema e Prata Bari. O carro vinha de série com direção hidráulica rádio com CD/MP3 e Bluetooth, alto-falantes, vidros e travas elétricas e ar-condicionado, itens que eram opcionais no Mille convencional, mas também receberam meu uma série de pequenas modificações exclusivas.
A própria cor Verde Saquarema era uma exclusividade do Grazie Mille, mas a série especial de despedida do Uno original ainda acrescentava faróis de máscara negra, rodas de liga leve de 13 polegadas, ponteira de escapamento esportiva e adesivos Grazie Mille. Por dentro, recebeu acabamento em tecido exclusivo com bordado Grazie Mille, nova grafia do quadro de instrumentos, pedais esportivos e placa com numeração do carro no painel.
O conjunto motriz, porém, era o mesmo. O Grazie Mille trazia o motor 1.0 Fire flex que entregava até 66 cv de potência e 9,2 kgfm de torque quando abastecido com etanol. Por outro lado, era um carro leve, com somente 810 kg nas versões básicas. A transmissão era manual de 5 marchas.
Durante nossas pesquisas, notamos que há muitos menos Grazie Mille sendo vendidos atualmente do que Kombi Last Edition, por exemplo. Isso mesmo o modelo da Fiat tendo mais unidades fabricadas. De qualquer forma, a tabela Fipe para um Fiat Uno Grazie Mille 2013 flex está em R$ 43.749, bem mais que os cerca de R$ 26 mil por um Mille normal do mesmo ano, porém bem menos que outras séries especiais de despedidas de um carro icônico.
Ou seja, um Grazie Mille hoje pode ser sua porta de entrada para o mundo de carros colecionáveis mais novos. Nos sites de compra e venda da internet, a maioria dos anúncios cobrava entre R$ 42 mil e R$ 48 mil dependendo da quilometragem rodada. A unidade com a menor quilometragem encontrada estava anunciada com 50.000 km e, por conta disso, o anunciante estava cobrando R$ 58 mil pelo carro.
Outro fator interessante de se notar é que o Grazie Mille em seus primeiros anos de vida, chegou a ser utilizado como carro normal, ao contrário de outros modelos que podem sofrer com especuladores que guardam os carros a sete chaves e evitam o máximo possível acrescentar quilometragem no veículo por medo de depreciação.
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