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Já ganhou! Os mais vendidos de 2022 definidos em quase todos os segmentos

A única disputa em aberto é no segmento dos SUVs compactos, entre Chevrolet Tracker e Volkswagen T-Cross

Hyundai HB20 Platinum Plus 2023

Ainda falta um mês para o fim do 2022 e, mesmo assim, algumas categorias já tem um vencedor definido para este ano. E cada caso é uma situação diferente, seja por ser o único carro a ser produzido no Brasil (e, portanto, ter um preço mais baixo) ou por já ter ganhado a preferência do público nos últimos anos. Sendo assim, vamos listar quais os segmentos onde a disputa já acabou e em quais está aberta.

Estamos considerando os números oficiais divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), com base no relatório divulgado com o acumulado do ano de janeiro a outubro. Para o tira-teima, acessamos a atualização diária.

Subcompactos: Fiat Mobi

Fiat Mobi Like - movimento

Normalmente, a disputa entre Fiat Mobi e Renault Kwid é mais acirrada, mas não deu para o modelo francês este ano. O Fiat Mobi contabiliza 56.774 unidades emplacadas até outubro, contra 46.124 unidades do Kwid. Não é uma diferença tão grade assim e bastaria a Stellantis reduzir a produção do pequeno para que a Renault ultrapassasse. Só que não será o caso. A parcial de novembro mostra que o Mobi emplacou mais 5.673 unidades, enquanto o Kwid contabiliza 1.628 unidades no mês, aumentando a diferença para 14,6 mil veículos, o suficiente para que não seja mais possível reverter o jogo.

Hatches compactos: Hyundai HB20

Comparativo VW Polo Highline vs. Chevrolet Onix Premier vs. Hyundai HB20 Platinum Plus vs. Honda City Hatch Touring

O Chevrolet Onix começou a recuperar o ritmo de vendas este ano, após o período sem produção em 2021 pela falta de componentes. Só que a Hyundai está em um ótimo momento com o HB20, que tem ganhado mais força após a reestilização. O hatch sul-coreano está com 79.829 unidades emplacadas em 2022, ante o Onix e suas 68.349 unidades. A diferença de pouco mais de 11 mil unidades é pouco possível de ser eliminada, pois o HB20 já caminha para fechar novembro na liderança do segmento.

Hatches médios: Chevrolet Cruze Sport6

Chevrolet Cruze Sport6 Premier

O Cruze Sport6 é o sobrevivente do segmento dos hatches médios de marcas generalistas, após o fim do Volkswagen Golf. Até existem opções das fabricantes premium, como Audi A3, BMW Série 1 e Mercedes-Benz Classe A, porém estão bem para trás na quantidade de emplacamentos. O A3 é o que se sai melhor, com 154 unidades, só que o modelo da Chevrolet está com 1.253 unidades até o momento.

Sedãs compactos: Chevrolet Onix Plus

Chevrolet Onix Plus Midnight

Este é um segmento um pouco mais competitivo, com diversas opções. Apesar do Fiat Cronos ter chegado a liderar as vendas em junho, o Chevrolet Onix Plus está na 1ª posição e com muita folga. O sedã da GM tem 59.178 unidades no acumulado do ano e o segundo colocado é o Cronos, com 30.507 unidades, uma diferença de quase 29 mil veículos. A situação pode ficar mais interessante no ano que vem, com a renovação de Nissan Versa e Volkswagen Virtus, além do Hyundai HB20S finalmente começar o seu primeiro ano completo renovado.

Sedãs médios: Toyota Corolla

Teste: Toyota Corolla GLI

Há anos que o segmento dos sedãs médios é dominado pelo Toyota Corolla e, na maior parte do tempo, o veículo japonês vendia mais do que a soma de todos os seus rivais. Este cenário piorou (ou melhorou, pelo ponto de vista da Toyota) com o fim do Honda Civic nacional, o único que ainda tinha vendas expressivas. Com o Volkswagen Jetta vindo somente na versão 2.0 GLI e o Caoa Chery Arrizo 6 agora importado da China, o único outro modelo feito na região é o Chevrolet Cruze, que já mostra a idade e soma somente 7.695 unidades emplacadas ao longo de 2022, bem longo dos 34.901 Corollas vendidos este ano.

Sedã grande: BMW Série 3

BMW 320i GP 2022

Não é nenhum exagero falar que o BMW Série 3 é a referência do segmento. Montado em Araquari (SC), o sedã alemão continuar a ser o preferido na categoria, sem dar chance para os seus rivais Mercedes-Benz Classe C e Audi A4. São 4.016 unidades emplacadas entre janeiro e outubro, uma distância enorme em comparação ao Classe C, o 2º mais vendido e que vendeu 889 unidades até agora.

Minivan: Chevrolet Spin

Chevrolet Spin Premier 2023

Este é um segmento praticamente esquecido no Brasil. E, como a maioria das fabricantes desistiram da categoria, a GM aproveitou e manteve a Chevrolet Spin nas lojas, além de ser o carro de 7 lugares mais acessível do momento. O resultado é que a Spin emplacou 13.480 unidades até outubro e tem 97,49% de participação. E o resto? Tem a Kia Carnival, que vendeu 311 unidades e contabiliza 2,25% de market share; e o BYD D1, com 13 unidades emplacadas e 0,9%. Os 0,9% restantes são da Chrysler Pacifica, importada de forma independente e que teve 12 unidades emplacadas.

Esportivo: Porsche 911

Comparativo: Audi R8 V10 vs. Porsche 911 Turbo S no Circuito Panamericano

O crescimento da Porsche no Brasil pode ser visto pelo desempenho do 911, seu modelo mais icônico. É o esportivo mais vendido do país há anos e repetiu o resultado em 2022. De janeiro até outubro, emplacou 516 unidades. Pode não ser muito, mas o Ford Mustang, o seu concorrente mais próximo e mais barato, soma 303 veículos no mesmo período.

SUV compacto: Chevrolet Tracker x Volkswagen T-Cross

Esta é a única disputa em aberto e será definida em dezembro. A Volkswagen liderou as vendas dos SUVs compactos o ano todo com o T-Cross, mesmo com uma instabilidade na produção por conta da falta de componentes. Só que a Chevrolet se aproveitou disso e, junto com o início da fabricação também na Argentina, começou a colocar mais unidades nas concessionárias. Assim, o Tracker conseguiu conquistar a 1ª posição no acumulado, com 55.294 unidades e o T-Cross segue de perto com 53.990 unidades.

SUV médio: Jeep Compass

Comparativo: Jeep Compass S vs. Toyota Corolla Cross XRX Hybrid vs. VW Taos Launch Edition

A vida do Jeep Compass no segmento dos SUVs médios pode não ser mais tão tranquila quanto antes, agora que tem mais alguns rivais como Toyota Corolla Cross ou Volkswagen Taos. Isto não significa que não esteja em uma situação confortável. A liderança ainda é da Jeep com uma boa vantagem, contabilizando 51.066 unidades no acumulado do ano. O Corolla Cross, segundo mais vendido, soma 35.211 unidades, enquanto o Volkswagen Taos está com 9.093 veículos.

SUV grande: Jeep Commander

Jeep Commander Limited TD380 4x4 Turbodiesel

Lançado como uma opção para quem queria algo maior do que o Compass, mas sem partir para o Cherokee, o Jeep Commander conseguiu conquistar o seu espaço e roubou a liderança que antes era do Toyota SW4. A diferença entre os dois não é muito grande, visto que o Commander tem 17.653 unidades emplacadas, contra 10.818 do SW4. Porém, é uma categoria que emplaca menos de 2 mil unidades por mês, então não há tempo para que a Toyota possa ultrapassar a Jeep.

Picape compacta: Fiat Strada

Movimentos da Fiat Strada Ranch 1.3 CVT 2022

O cenário é perfeito para a Fiat. Desde que a Montana saiu das concessionárias enquanto prepara a nova geração, que será maior, a Strada passou a ter somente uma rival: a Volkswagen Saveiro. Só que a marca alemã não mexe em sua picapinha há tempos, enquanto a Fiat apostou em uma nova geração, que tem longas filas de espera desde o lançamento em 2020. O resultado? A Fiat Strada tem 93.994 unidades emplacadas este ano, enquanto a Saveiro contabiliza 17.423 veículos no acumulado.

Picape média: Fiat Toro

Fiat Toro Ranch 2.0TD 2022

Não negamos que há uma discussão se a Fiat Toro poderia ser considerada uma picape média ou não. É menor do que as caminhonetes mais tradicionais, como Hilux ou S10, mas também tem capacidade de carga de 1 tonelada – por isso tem uma versão diesel. Como o segmento é praticamente todo do modelo da Fiat, estamos considerando que é parte da mesma categoria que as outras médias. E, ainda assim, está na liderança, com 41.800 unidades emplacadas. A diferença para a Hilux é até pequena, de 3,8 mil unidades. O que deixa a Toro com a taça é o fato de que ainda emplaca o suficiente para que a Toyota não consiga reduzir esta diferença em apenas dois meses.


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