A Abraciclo, associação que reúne as principais fabricantes de motocicletas do Brasil, divulgou os dados de produção de suas associadas no mês de julho. Ainda em junho, a associação viu a atual conjuntura econômica com otimismo e revisou para cima sua projeção para a produção em 2022, que passou de 1.290.000 para 1.320.000 unidades.
Agora em julho, os dados parecem apoiar a previsão de crescimento da Abraciclo. No mês passado, foram produzidas no Brasil 104.776 unidades. O volume é 3% superior ao registrado em junho, quando 101.695 motocicletas deixaram as linhas de montagem nacionais. Na comparação com julho de 2021, que teve produção de 95.025 motos, o crescimento foi de 10,3% maior na comparação com o mesmo mês do ano passado.
No acumulado de 2022 até julho, foram fabricadas 776.069 motocicletas, número que supera em 16,9% o registrado no mesmo período de 2021, que foi de 663.888 unidades. Esse é o melhor resultado para os sete primeiros meses do ano desde 2015, quando foram feitas 799.990 motocicletas. Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, afirmou que “mesmo com as férias coletivas de junho e julho as associadas realizaram um grande esforço de produção para atender a demanda do mercado”.
O executivo ainda acrescentou que “a produção está seguindo a tendência da nova estimativa de junho, revista para cima, com ligeiro, porém constante crescimento”. Se a atual projeção da Abraciclo, que prevê a produção 1.320.000 unidades, se confirmar, o crescimento sobre o fechamento de 2021 será de 10,5%. No ano passado foram fabricadas 1.195.149 motocicletas pelas associadas da instituição. No entanto, vale lembrar que o total de emplacamentos caiu em julho.
Após ver um crescimento 18% no primeiro semestre de 2022, a Abraciclo se sentiu confortável para revisar a previsão de produção de motocicletas no Brasil para este ano. Entre os motivos do otimismo, Fermanian citou que a demanda continua elevada, pois mais pessoas recorrem às motos por conta da disparada dos preços dos carros e dos combustível, além do avanço da massa de trabalhadores subempregados em serviços de delivery.
Além disso, o mercado brasileiro já ultrapassou a barreira de 2 milhões de unidades produzidas em um ano lá em 2011, então o potencial para o crescimento ainda estaria lá. Só que, durante a apresentação dos dados da Abraciclo, o discurso dos executivos não pareceu tão confiante assim.
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