Ruas de Cuba estão sendo invadidas por scooters elétricas, como no Brasil

Cuba é considerada por alguns como um museu de carros clássicos a céu aberto, com uma grande parte da frota naquele país sendo anterior à Revolução Cubana, que ocorreu na década de 1950. Isso significa que Cadillacs, Chevrolets, Buicks e Fords dos anos 50 podem ser vistos rolando pelas ruas quase diariamente.

Outra parte importante da frota cubana é formada por veículos de origem soviética, ou produtos Fiat licenciados para produção na Polônia em tempos de influência da então União Soviética. Dito isto, Cuba também está se tornando rapidamente um país focado em mobilidade elétrica. 

Mas não estamos falando aqui de carros ou picapes elétricas, mas de pequenas motos ou ciclomotores. Sem surpresas em um país que mal tinha o conceito de mobilidade pessoal, a adoção de modelos elétricos de duas rodas pequenos, práticos e, claro, mais acessíveis, está se tornando um dos maiores meios de melhorar a locomoção em Cuba. E os motivos estão bem mais próximos da realidade brasileira do que se imagina. 

Com poucos carros à venda e cada vez mais reservados para os ultra-ricos de Cuba e até problemas de fornecimento de gasolina que já é uma das mais caras do mundo, as motos elétricas estão fazendo sentido na realidade cubana atual. Atualmente, a base de usuários de scooters elétricos em Cuba está crescendo e a previsão é de que continue assim.

Com a maioria das scooters elétricas no mercado cubano vindo da China via Panamá, elas servem como uma alternativa mais atraente que uma bicicleta ou andar a pé. Dito isto, o crescimento das scooters elétricas em Cuba proporcionou tamanho impacto no país que o governo interveio e limitou o preço delas em US$ 1.700 para mantê-las acessíveis para a população.

No momento, Cuba está trabalhando para produzir seus próprios modelos elétricos de duas rodas. O plano é converter uma antiga fábrica de bicicletas para produção em massa scooters elétricas de baixo custo. Na verdade, este não é um conceito novo e tem tido sucesso em certos países africanos e asiáticos.

No entanto, o que exatamente o povo cubano terá disponível para compra a partir desta nova fábrica ainda é um mistério. No entanto, o desenvolvimento das próprias scooters e motocicletas elétricas em Cuba certamente atenderá à necessidade da população local de mobilidade pessoal. 

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