Pode não parecer, mas o segmento de pequenas motos aventureiras é o segundo mais popular no mercado brasileiro, ficando atrás apenas das motos utilitárias. Os dois principais nomes desta categoria, a Honda Bros e a Yamaha Crosser, renovaram-se recentemente para atender à demanda dos clientes.
Para se ter uma ideia da importância da dupla para suas respectivas montadoras, a Bros, é a versão mais vendida da Honda no Brasil. Isso mesmo, como a CG 160 tem 4 versões e a Bros apenas uma, olhando os emplacamentos por configuração, a aventureira vende mais. Já a Crosser se tornou recentemente a moto mais vendida da Yamaha no Brasil.
Agora renovadas, Bros e Crosser tentam convencer os compradores do segmento de aventureiras de entrada cada uma com sua maneira. Comparamos aqui as duas para mostrar o que cada uma oferece. No caso da Yamaha, optamos pela versão Z, com para-lama alto, mais próxima da proposta da Honda.
Honda NXR 160 Bros ESDD: R$ 15.790 (sem frete)
Yamaha XTZ 150 Crosser Z: R$ 16.790 (sem frete)
A versão única da Honda Bros tem entre os principais itens de série equipamentos como freios a disco nas duas rodas com acionamento combinado, alça de alumínio para o garupa, bagageiro, painel de instrumentos digital, marcador de combustível, relógio e odômetro parcial. As rodas têm 19 polegadas na frente e 17 atrás.
A diferença da Crosser Z para a Crosser S, mais barata, é o para-lama dianteiro que é elevado na Z. Dito isso, a opção da Yamaha traz os mesmos equipamentos da rival, mas a linha 2023 apresentada recentemente acrescentou mais itens. A moto passou a trazer de série conta-giros digital, indicador de marcha, farol de LED com projetor, lanterna de LED e tomada 12V abaixo do painel. O ABS dianteiro continua como item de fábrica.
Enquanto ambas as aventureiras utilizam motores flex monocilíndricos refrigerados a ar, mas o da Honda Bros é um pouco maior. São 162,7 cm³, o suficiente para entregar 14,7 cv de potência a 8.500 rpm e 1,60 kgfm de torque a 5.500 rpm quando abastecido com etanol. A moto tem um peso a seco declarado de 122 kg e o tanque acomoda até 12 litros de combustível.
No caso da Yamaha Crosser, são 149 cm³ e a diferença fica visível nos números de desempenho. A moto entrega 12,4 cv de potência a 7.500 rpm e 1,3 kgfm de torque a 6.000 rpm quando abastecida com etanol. A Yamaha declara um peso em ordem de marcha de 134 kg e o tanque de capacidade para até 12 litros também. Ambas utilizam câmbio mecânico de 5 velocidades.
A Honda Bros lança mão de um quadro tipo berço semi duplo. Ele é suportado por um garfo telescópico dianteiro com 180 mm de curso na dianteira. A traseira tem amortecedor único com 150 mm de curso. Os pneus, respectivamente, têm medidas 90/90-19 e 110/90-17. Nela, o disco dianteiro tem 240 mm de diâmetro à frente e 220 mm atrás. A altura de seu assento é de 836 mm.
A Yamaha traz exatamente a mesma solução para o chassi. Da mesma forma, o garfo telescópico dianteiro tem 180 mm de curso. A traseira também tem amortecedor único, mas instalado na balança traseira por meio de um link e, com isso, tem 160 mm de curso na roda e montagem mais compacta. Os pneus têm as mesmas medidas da rival, mas os discos de freio são um pouco diferentes: 245 mm na frente e 203 mm atrás. A altura de seu assento é de 845 mm.
A Honda Bros e a Yamaha Crosser são similares em diversos aspectos, mas diferentes em outros. Enquanto a Bros tem um preço de tabela menor e é mais potente, tem uma lista de equipamentos mais enxuta. A Crosser cobra mais, mas já entrega ABS de série, por exemplo, além de uma suspensão traseira mais refinada. Em ambos os casos, você leva o que você pagou.
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