Novas tecnologias sempre são caras. Conforme elas evoluem e chegam a mais mercados, o custo de produção e dos materiais acaba caindo. Isto leva a preços mais acessíveis para os consumidores e, até um certo ponto, estamos vendo isso acontecer com os carros elétricos. Algums modelos que eram bem caros há alguns anos agora são mais acessíveis em alguns mercados.
Só que, ainda assim, os carros a combustão ainda são muito mais baratos do que um elétrico de porte semelhante. Muitos executivos e analistas sempre comentam que o preço dos VEs vai cair nos próximos anos até o ponto que custarão o mesmo que um modelo não-eletrificado, conforme o custo de produção for reduzindo. Mas, isto vai mesmo acontecer?
É disso que uma reportagem da revista norte-americana Road & Track tenta responder. A publicação falou com Markus Schäfer, chefe de tecnologia da Mercedes-Benz, que mostrou-se menos otimista sobre o futuro dos carros elétricos e os seus preços. Ele cita que um custo de US$ 50 por kilowatt como uma métrica de comparação que os VEs precisam alcançar para estar no mesmo patamar que os carros a combustão. E o executivo não vê como poderiam chegar a esta meta.
A razão? Segundo Schäfer, a tecnologia autal das baterias ainda não é acessível, mesmo que o uso esteja crescendo. Por isso há um esforço grande no desenvolvimento de soluções melhoras (como as baterias de estado sólido), só que isso irá resetar o processo de evolução das baterias atuais ao adotar um novo padrão. O executivo ainda menciona o possível problema para obter os materiais, por usar metais raros. Ao juntar todas estas variantes, Schäfer acredita que não veremos os carros elétricos ficarem mais baratos tão cedo.
"Então a tão esperada queda para menos de US$ 100 (ou euros) por kilowatt levará mais tempo", disse Schäfer, segundo a Road & Track.
Exatamente quanto tempo é algo que o chefe de tecnologia da Mercedes-Benz não comentou. Enquanto isso, a fabricante alemã buscar ter uma linha totalmente elétrica até 2030. São mais 8 anos para alcançar esta meta, então a grande questão é se veremos um novo tipo de bateria até lá e se será adotada por toda a indústria antes dos carros a combustão saírem de linha. Se isto não acontecer, os carros vão ficar fora do alcance de muitas pessoas em todo o mundo.
Fonte: Road & Track
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Mercedes-AMG GT43 Coupé é um dos 4 cilindros mais caros já feitos
Fiat Mobi alcança 600 mil unidades produzidas em quase 9 anos de mercado
Mercedes-Benz CLA elétrico bate recorde do Porsche Taycan
VW revela novo Tiguan 2025 nos EUA e adianta SUV que pode vir ao Brasil
Novo Mercedes CLA 2026 terá motor 2.0 turbo fabricado na China pela Geely
Quer apostar? Híbridos vão depreciar mais que elétricos daqui a 10 anos
Teste Mercedes-AMG GLB 35: rápido, discreto e refinado