Parcial de vendas de motos em março antecipa mês de queda

As vendas de motos em fevereiro já tinham mostrado uma baixa em relação a janeiro. Porém, um mês mais curto e que superou o registrado em fevereiro de 2021 não criou tanto alarde na indústria. Além disso, o segmento nacional de duas rodas teve produção recorde no mês passado: foi o melhor período desde 2015.

Porém, a prévia de vendas de motocicletas novas no Brasil em março já pede uma análise mais cautelosa. Começando pela líder, a Honda CG 160 acumulou 11.861 unidades comercializadas nos primeiros 15 dias de março. Extrapolando o número para o restante do mês, pode chegar a cerca de 24 mil unidades, bem abaixo de sua média que costuma ficar entre 28 mil e 30 mil unidades mensais.

Caindo da terceira para a quarta posição, a Honda Bros 160 acumulou 3.227 vendas no período e foi ultrapassada pela Honda Pop 110i, que chegou a 4.596 unidades comercializadas nas duas primeiras semanas de março. A Biz permaneceu na segunda colocação com 6.843 motos vendidas. Além disso, a Twister 250, tradicionalmente na quinta posição, caiu para a 11ª colocação até o momento.

Enquanto a Yamaha manteve Fazer 250, Fazer 150, Crosser 150 e Factor 150 entre as 10 motos vendidas, as scooters de entrada da empresa caíram. A NMax ficou apenas na 13ª posição (868 unidades) e a NEO 125 está na 19ª colocação (324). Aparentemente, a marca esteve preparando o terreno para a recém-lançada Fluo 125. O destaque positivo da marca no período é a maxi-scooter XMax. Ela chegou à 20ª posição de vendas, superando a Yamaha MT-03.

A Yamaha também informou no mês passado que iria diminuir o ritmo da linha de montagem em Manaus (AM) por conta da crise de abastecimento de chips no mercado global. Isso pode não só afetar as vendas da marca, como também deve reduzir o total de emplacamentos no mercado nacional.

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