Novo Renault Kwid 2023: o que mudou, como anda e preços
Subcompacto perde versão de entrada, mas recebe controles de tração e estabilidade de série e atualiza motor 1.0
Apesar de um movimento do mercado em veículos mais caros, a Renault apresenta o Kwid 2023. Seu modelo de entrada recebe novidades visuais, atualização mecânica e novos equipamentos, principalmente de segurança, e abre mão da versão Life, a mais barata e sem ar-condicionado e direção elétrica. Os preços vão de R$ 59.890 a R$ 67.690.
As mudanças ainda deixam o Renault Kwid como um dos modelos mais baratos do Brasil, principalmente diante do Fiat Mobi, seu principal concorrente, mas já se adianta para a chegada do Citroën C3, um hatch que segue a mesma proposta de elementos de SUVs do Kwid, apesar do porte um pouco maior. Veja o que mudou e como anda o novo Renault Kwid 2022.
O que mudou?
O Renault Kwid 2023 investiu em um visual revisto. Na dianteira, os faróis são colocados um pouco mais abaixo, ficando a parte superior para as luzes diurnas em LEDs. Se inspirou em SUVs para aumentar a sensação de robustez do conjunto, completo por um novo parachoque dianteiro com entradas de ar maiores, abrindo mão dos faróis de neblina.
Nas laterais, o Kwid 2023 troca as rodas. A principal novidade são as calotas que imitam as rodas nas versões mais baratas, agora com pintura em preto e prata, e a opção de rodas de liga-leve de 14" como opcional na Intense e de série na Outsider. A aventureira aliás segue em linha, com diferenciações visuais na barra do teto, skidplates dianteiro e traseiro e detalhes em verde.
Na traseira, as mudanças são mais tímidas. As lanternas ganham nova organização interna e LEDs para a assinatura. No parachoque, os refletores ganham espaço nas extremidades. O teto em bitom é opcional no Intense e de série no Outsider, outra novidade visual do Kwid 2022.
Por dentro, o Kwid recebe leves modificações, acompanhando o exterior. O painel de instrumentos recebe uma tela digital, simples mas completa de informações, além de LEDs nas laterais para indicar temperatura do motor e nível de combustível e o conta-giros. Ao centro, nas versões Intense e Outsider, um sistema multimídia com tela de 8", espelhamento de smartphones via Apple CarPlay e Android Auto e um monitor de modo de condução, indicando a forma mais econômica. Bancos recebem nova padronagem de tecidos, assim como detalhes no painel.
Em equipamentos, o Kwid 2023 recebe os controles de tração e estabilidade como série em todas as versões, complementando os 4 airbags. No pacote, vem o assistente de partida em rampas, assim como o monitoramento de pressão dos pneus e computador de bordo em todas as versões.
A mecânica se atualiza também, apesar de não adotar o motor 1.0 SCe na mesma versão utilizada pelo Sandero. É o mesmo 3-cilindros com comando duplo, mas sem variador de fase, que recebeu uma nova calibração, nova central eletrônica e novo sensor de fase. Além de melhorar o consumo, com a ajuda do sistema start-stop, o Kwid chegou aos 68 cv e 9,4 kgfm de torque com gasolina (2 cv extras) e 71 cv e 10 kgfm com etanol, uma melhora de 1 cv e 0,2 kgfm. Veja a comparação de consumo, segundo o Inmetro.
Cidade (gasolina) | Estrada (gasolina) | Cidade (etanol) | Estrada (etanol) | |
Kwid 2022 | 14,9 km/litro | 15,7 km/litro | 10,3 km/litro | 10,8 km/litro |
Kwid 2023 | 15,3 km/litro | 15,7 km/litro | 10,8 km/litro | 10,9 km/litro |
O Kwid 2023 recebe um sistema de alternador pilotado. Ao invés de recarregar a bateria nas acelerações, aproveita as desacelerações e tira o peso no momento das acelerações, onde o consumo de combustível é mais prejudicado. É algo que era exclusivo dos modelos com o 1.6 SCe e estreia no 1.0 com o Kwid.
Preços e equipamentos
O Renault Kwid 2023 perde a versão Life, anteriormente de entrada. O catálogo é composto assim pelas versões Zen, Intense e Outsider, sempre com ar-condicionado, direção elétrica, 4 airbags e os controles de tração e estabilidade como itens de série. Veja os principais itens de cada versão:
- Renault Kwid Zen: direção elétrica, ar-condicionado, 4 airbags, rádio com USB e Bluetooth, travas elétricas, vidros dianteiros elétricos, luzes diurnas em LEDs, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, start-stop, monitoramento de pressão dos pneus, painel de instrumentos em LEDs e computador de bordo, abertura interna do porta-malas, rodas de 14" com calotas;
- Renault Kwid Intense: Zen + maçanetas na cor do carro, calotas de 14" em duas cores, retrovisores elétricos, chave canivete, sistema multimídia com tela de 8" e espelhamento via Apple CarPlay e Android Auto, lanternas traseiras em LEDs, câmera de ré, comando de som na coluna de direção. Opcional, teto bitom e rodas de liga-leve de 14";
- Renault Kwid Outsider: Intense + barras no teto, skid plate frontal e traseiro, rodas de 14" diamantadas, molduras laterais, interior com detalhes em verde.
MODELO | PREÇO |
Renault Kwid Zen 2023 (antes R$ 59.890) | R$ 59.890 |
Renault Kwid Intense 2023 (R$ 61.590) | R$ 64.190 |
Renault Kwid Outsider 2023 (R$ 62.990) | R$ 67.690 |
Como anda?
Tivemos um rápido contato com o novo Kwid, na versão Intense. A nova identidade da dianteira refresca o subcompacto e dá um estilo mais robusto e mais conexo com a proposta "SUV Style" que ele apresenta desde seu lançamento em 2017. Perdeu os faróis de neblina, mas ganha as luzes diurnas em LEDs e faróis de dupla parábola. É uma forma de dar uma sensação de valor a um dos carros mais baratos do Brasil.
Por dentro, a tela de 8" se destaca, principalmente pelo Kwid ser um carro pequeno. Funciona bem, com interface já conhecida, e deu um ar mais moderno ao subcompacto. O painel de instrumentos todo em LED é de fácil leitura, apesar de deixar claro que é uma opção mais barata aos famosos painéis de instrumentos em tela TFT de alta resolução - de qualquer forma, é melhor que o simples painel anterior, que chegava a não ter conta-giros e computador de bordo dependendo da versão.
A Renault deixou uma boa parte do trabalho para a engenharia. O motor não é o do Sandero, como indicavam os rumores, mas sua recalibração diminuiu bem a vibração e aspereza que era uma das principais reclamações do Kwid. Leve, o subcompacto arranca bem e desenvolve bem principalmente na cidade. O start-stop promete ajudar no consumo urbano, números que veremos na prática em um teste completo em breve.
No restante, o Kwid segue aproveitando sua boa altura do solo para se dar bem com as valetas e buracos da cidade, um de seus pontos altos. Em um segmento que tem só ele e o Fiat Mobi, essa renovação promete uma briga interessante dessa dupla, que agora fica ainda mais diferente um do outro no pacote de equipamentos e pouco nos preços.
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