Depois de renovar toda sua linha global, a Nissan está se preparando para entrar na inevitável era dos carros elétricos. Embora já tenha modelos elétricos pelo mundo, a montadora japonesa anuncia um pesado investimento em eletrificação, com o plano de investir nada menos que dois trilhões de ienes (cerca de R$ 99 bilhões pela cotação atual). E este valor não será consumido em décadas não, será ao longo dos próximos cinco anos apenas.
A Nissan está prometendo "veículos eletrificados excitantes e inovações tecnológicas" a partir da nova onda de veículos que está sendo desenvolvida atualmente. Um total de 23 modelos eletrificados - incluindo 15 veículos elétricos (VE) puros - serão lançados até o ano fiscal de 2030, que no Japão termina em 31 de março de 2031. Tudo isso faz parte da agenda da Nissan Ambition 2030. Alguns destes modelos, no entanto, serão vendidos pela marca de luxo da empresa, a Infiniti.
Com a chegada dos novos modelos elétricos e também os equipados a tecnologia e-POWER nos próximos 5 anos, a Nissan pretende aumentar seu mix de vendas de veículos eletrificados nos principais mercados até o ano fiscal de 2026, sendo mais de 75% na Europa, 55% no Japão e 40% na China. Nos Estados Unidos, apenas com carros elétricos, a marca espera crescer 40% até o ano fiscal de 2030.
Quanto aos Estados Unidos, só os EVs deverão representar 40% das vendas até o final do ano fiscal de 2030. Por enquanto, a marca só vende no Brasil o elétrico Leaf, estuda trazer o SUV Ariya e planeja colocar o sistema e-Power no Kicks.
Para apoiar o lançamento de veículos híbridos e elétricos, a Nissan continuará a desenvolver a tecnologia de baterias de íon-lítio e a lançar tecnologia sem cobalto na busca de reduzir os custos de fabricação em 65% até o ano fiscal de 2028. Também, por volta dessa época, o primeiro VE de produção equipado com baterias de estado sólido estará pronto para chegar ao mercado. Antes que isso aconteça, a Nissan prepara uma fábrica para estas baterias em Yokohama (Japão), iniciando a operação de testes no ano fiscal de 2024.
As baterias de estado sólido não só reduzirão o tempo necessário para recarregar o carro em um terço, mas também reduzirão os custos da bateria para US$75 por kWh (R$ 421 por kWh) até o ano fiscal de 2028, e eventualmente, para US$65 por kWh (R$ 366 por kWh). A longo prazo, a Nissan acredita que alcançará a paridade de custos entre carros equipados com motores de combustão e VEs. Falando em baterias, a capacidade de produção global crescerá para 52 GWh até o ano fiscal de 2026 antes de atingir 130 GWh até o ano fiscal de 2030.
Para dar um gostinho do que vem por aí, a Nissan divulgou imagens de alguns conceitos que indicam o futuro de seus modelos. Chama a atenção a versão conceitual de uma picape 100% elétrica, de um SUV com formas bem quadradas e que parece ser uma visão elétrica do antigo Cube além de um conversível.
o
Fonte: Nissan
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Com nova geração lá fora, Nissan Kicks tem R$ 13.000 de bônus no Brasil
Volkswagen Tera: este é o nome do novo SUV rival de Pulse e Kardian
"Será uma picape emocionante", diz Nissan sobre nova Frontier
Chineses disputam para ter o híbrido mais econômico do mundo
Teste Nissan Sentra Advance 2025: chega de SUV, por favor
GWM lança Haval H6 na Argentina com 2.0 turbo e sem eletrificação
Os 10 SUVs automáticos mais baratos do Brasil