Considerada uma das siglas mais tradicionais do mercado quando o assunto é esportividade, a Renault Sport (R.S) deverá deixar de existir nos próximos anos no catálogo da Renault. Em anúncio recente, a própria empresa confirmou que substituirá a emblemática assinatura pela alcunha Alpine Line, fazendo referência direta à histórica marca de esportivos. O primeiro modelo a estrear a mudança será o novo Mégane E-Tech em 2023.
Assim como a atual Mégane R.S., o inédito Alpine Line terá a preparação esportiva como grande atrativo na comparação com as demais versões. A diferença, porém, ficará evidente no arranjo mecânico adotado, pois não incluirá motores turbo a gasolina como acontece hoje. Na prática, o novo conjunto será inteiramente elétrico e alinhado às novas diretrizes da empresa. O próprio Mégane, não custa lembrar, agora é elétrico e tem carroceria ao melhor estilo SUV.
Em relação às demais configurações, o Mégane Alpine Line contará com bateria de maior capacidade e preparação específica em termos de suspensão e direção. Atualmente, o modelo tem baterias de 40 kWh ou 60 kWh. No caso do esportivo, especula-se algo em torno de 87 kWh e consequentes ganhos em performance e autonomia. A potência deverá ficar na casa dos 240 cv, contra 218 cv da atual variante mais potente.
Com a chegada da grife Alpine Line, a Renault espera evidenciar a virada tecnológica para a era elétrica (os modelos R.S. são sempre lembrados como veículos à combustão) e seguir oferecendo variantes esportivas para o consumidor. Caminho bastante parecido foi seguido pela Volkswagen, que batiza as versões apimentadas de seus novos elétricos com a sigla GTX, abrindo mão da tradicional alcunha GTI (também historicamente relacionada com modelos a gasolina).
No Brasil, a sigla R.S. está presente no portfólio da Renault por meio da versão homônima do Sandero. A variante tem motor 2.0 de 150 cv e preparação exclusiva em termos de suspensão e direção. Como o modelo não terá uma nova geração por aqui (o projeto de renovação, que incluía também o Logan, foi cancelado), tudo indica que a assinatura esportiva igualmente morrerá no nosso mercado.
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