Com a pandemia tendo causado uma maior busca por alternativas ao transporte público, jogou-se mais luz aos scooters, que oferecem a agilidade de uma moto com mais praticidade e são bem mais acessíveis que um carro. Nesse cenário, os dois campeões de venda são o Honda PCX 150 e o Yamaha NMax 160, respectivamente líder e vice-líder da categoria no acumulado de vendas de 2021.
Nessa briga acirrada, o PCX já registrou 7.622 emplacamentos no ano até abril, contra 7.348 unidades do NMax. A distância entre os dois já foi maior, mas vem caindo nos últimos meses. O modelo da Yamaha ganhou uma nova geração no ano passado, recebendo melhorias no chassi, banco, motor e equipamentos de série. Ao mesmo tempo, o ritmo de produção da Honda foi prejudicado no início de 2021 com a paralisação temporária da linha de montagem da empresa, algo que a rival também sofreu no começo de maio.
Aproveitando que a disputa da categoria está aquecida, colocamos frente à frente o que cada um dos scooters entrega no papel, mostrando onde se sobressaem ou ficam para trás. Para deixar os valores e os equipamentos similares, utilizamos para a comparação o Honda PCX 150 Sport ABS, versão mais completa, e o Yamaha NMax 160 ABS em sua única opção disponível.
Honda PCX 150 Sport ABS: R$ 14.840
Yamaha NMax 160 ABS: R$ 15.290
A versão mais completa do Honda PCX 150 é equipada de fábrica com partida elétrica, rodas de liga leve de 14 polegadas, cavalete central, painel de instrumentos digital, freios a disco na dianteira e na traseira (220 mm), ABS, start/stop (Idling Stop), trip A e B, relógio, marcador de combustível, marcador de consumo, tomada 12V no escudo, iluminação por LEDs e chave presencial.
Já o Yamaha NMax traz de série partida elétrica, rodas de liga leve de 13 polegadas, cavalete central, painel de instrumentos digital, freios a disco na dianteira e na traseira (230mm), ABS, start/stop, trip A e B, relógio, marcador de combustível, marcador de consumo, tomada 12V ao lado do painel, iluminação por LEDs e chave presencial.
Em termos de motorização, o Honda PCX fica um pouco atrás do rival. Seu monocilíndrico de 149,3 cm³ tem arrefecimento a líquido, comando simples no cabeçote e 2 válvulas. Na prática, entrega 13,2 cv de potência e 1,38 kgfm de torque. Por outro lado, é um pouco mais leve , com 126 kg, e tem um tanque de 8 litros.
Já o Yamaha NMax 160, como o nome diz, tem um pouco mais de motor. O monocilíndrico tem 155 cm³, comando simples variável no cabeçote e 4 válvulas. Com isso, já é capaz de entregar 15,4 cv de potência e 1,40 kgfm de torque. Por outro lado, pesa 131 kg e o tanque acomoda apenas 7,1 litros.
Este é um dos pontos fracos de qualquer scooter de entrada. Por via de regra, quanto maiores as rodas e o curso da suspensão, mais preparada está a moto para a buraqueira. Nesse ponto, o Honda PCX fica um pouco à frente, oferecendo rodas de 14 polegadas com pneus 100/80 na frente e 120/70 na traseira. A suspensão dianteira é por garfo telescópico com 100 mm de curso, enquanto a traseira tem duplo amortecedor, também com 100 mm de curso.
Por sua vez, o Yamaha NMax traz o mesmo sistema de suspensão. Porém, enquanto o curso da dianteira tem os mesmos 100 mm, na traseira são apenas 86 mm. Por outro lado, o Yamaha compensa as rodas de 13 polegadas com pneus mais largos, focando em estabilidade. São de medidas 110/70 na frente e 130/70 na traseira.
Antes de concluir, vale lembrar que os scooters foram comparados a partir de suas fichas técnicas. Em tal situação, vê-se que o Honda PCX traz como vantagens uma ciclística mais preparada para terrenos ruins, com mais curso de suspensão na traseira e rodas maiores, além de ser mais leve, ter um tanque maior e ser ligeiramente mais em conta.
Enquanto os rivais trazem um nível de equipamentos de série muito similar, fica claro que o foco do Yamaha NMax é em dirigibilidade e desempenho, agregando maiores potência e torque em conjunto a pneus mais largos.
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