A Voltz foi uma das primeiras empresas nacionais a focar na comercialização de motos 100% elétricas. Hoje, sua linha de produtos consiste do scooter EV1 e da street EVS, que já roda em projeto piloto junto a entregadores na capital paulista. Porém, os planos da marca são mais ousados e a empresa anunciou um investimento para construir uma fábrica no Pólo Industrial de Manaus (AM).
A Voltz recebeu um aporte total de R$ 100 milhões de grupos de investimento, sendo que 95% do valor veio da startup financeira Creditas. Hoje, as motos da marca são montadas com componentes importados em Cabo de Santo Agostinho (PE), mas a ideia é a de que a fábrica de Manaus (AM) tenha capacidade de dar início à nacionalização de alguns componentes, como pedais, espelhos e discos de freio, por exemplo. A princípio, o motor elétrico da Bosch usado por suas motos e as baterias continuariam a ser importados da China.
A nova fábrica da Voltz na capital amazonense deve consumir R$ 10 milhões do aporte anunciado e a empresa anunciou que ela entrará em funcionamento ainda em 2021. Com a linha de montagem operando, a capacidade deve ser de 15 mil unidades por mês e é esperada a criação de 500 empregos diretos na região.
Do total investido, cerca de R$ 5 milhões vieram do UVC Investimentos, fundo formado pela Venture Capital e o Grupo Ultra, detentora dos postos de bandeira Ipiranga. Com isso, será possível a instalação de pontos de trocas de baterias (removíveis nas motos da Voltz) nos postos de combustíveis também.
A marca Voltz foi criada em 2017, mas o primeiro modelo foi lançado em 2019. Era o scooter EV1, concebido especificamente para o Brasil. Em setembro do ano passado, a empresa lançou a EVS, sua primeira moto convencional. Ambos os modelos apostam em itens pouco vistos em motos de entrada, como conectividade via Bluetooth, função ré para o motor, chave presencial e iluminação completa por LEDs.
O Voltz EV1 traz um motor elétrico montado na roda traseira com 3 kW de potência, cerca de 4 cv. São duas versões: bateria única ou dupla. A velocidade máxima é limitada a 60 km/h e a aceleração de 0 a 60 km/h ocorre em 15 segundos. A autonomia varia entre 60 e 100 km, mantendo-se velocidade média entre 35 e 45 km/h. O tempo de recarga em uma tomada caseira é de 5 horas para cada bateria. Os preços partem de R$ 11.490.
Já a Voltz EVS é um pouco mais cara, partindo de R$ 17.490. Mas ela tem mais performance e um pouco mais de equipamentos, como painel digital com tela colorida. Falando em propulsor, ele permanece montado diretamente na roda traseira, mas entrega até 7 kW de potência (9,5 cv). Com uma bateria, a moto tem velocidade máxima de 120 km/h e 120 km de autonomia com velocidade média de 35 km/h. Com duas, a autonomia sobe para 180 km com velocidade média de 45 km/h. A carga de cada bateria também leva 5 horas, mas a aceleração de 0 a 60 km/h já cai para 6 segundos.
Hoje, a Voltz trabalha com um sistema de vendas exclusivamente por canais digitais, mas possui dois showrooms, um em São Paulo (SP) e outro em Recife (PE). Desde sua criação, a marca acumulou a venda de 4 mil unidades, porém a empresa espera que, com a fábrica, ela multiplique sua receita operacional em 5 vezes.
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