Um segmento que começará a ganhar cada vez mais força no mundo é o do SUVs subcompactos, que aos poucos irão substituir os hatchbacks como a opção de entrada das fabricantes. Basta olhar para a Índia, que já tem mais de cinco modelos desta categoria e que agora ficará mais competitivo com a chegada do Renault Kiger, o primo do Nissan Magnite e que, de certa forma, é a versão SUV do Kwid.
O parentesco dom o Renault Kiger com o Kwid é explicado pela plataforma CMF-A, que no caso do crossover subcompacto é a versão CMF-A+, modificada para ser usada em modelos maiores. Esta arquitetura estreou com a minivan Triber e, logo em seguida, foi adotada pelo Nissan Magnite, variante da marca japonesa para o Kiger. Foi desenvolvida para entregar um bom espaço interno, considerando que o carro tem somente 3,991 metros de comprimento, 1,750 m de largura, 1,600 m de altura e um entre-eixos de 2,500 m. Ainda assim, entrega um porta-malas de 405 litros.
Laurens van den Acker, vice-presidente executivo de design do Grupo Renault, diz que o visual do Kiger é foi um dos focos no desenvolvimento, pois queriam que o carro parecesse maior do que realmente é. E, de fato, ele passa a impressão de ser bem maior do que o Kwid dependendo do ângulo em que é visto. E tem uma boma altura em relação ao solo, com 205 mm de vão livre, o que é mais do que alguns SUVs compactos maiores vendidos por aqui.
Suas linhas são bem diferentes, trazendo alguns detalhes do Kwid reestilizado oferecido na Índia, como a iluminação diurna bem fina na parte superior e os faróis próximos do para-choque. Na traseira, o carro adota o estilo de lanterna usado no Sandero produzido aqui no Brasil, com a parte superior invadindo levemente a tampa do porta-malas.
Do lado de dentro, temos uma evolução da cabine da Triber e do Kwid reestilizado. O Kiger traz um painel digital usado pelos dois modelos e linhas, mais próximas da minivan. O design muda por conta da adoção de uma central multimídia de 8” no estilo “flutuante”, fazendo com que as saídas de ar fossem reposicionadas. A marca ainda mexeu nos controles do ar-condicionado, agora mais abaixo e digital. Até as portas tem mudanças, com um novo puxador e um outro desenho para os controles elétricos dos retrovisores laterais.
A marca não comentou muito sobre os equipamentos. A central multimídia de 8” tem Android Auto e Apple CarPlay sem fio e conexão WiFi, o ar-condicionado é digital e com função automática e o painel de instrumentos é digital com uma tela TFT de 7”, enquanto as versões mais baratas usam um cluster digital mais simples. Conta também com controle de cruzeiro, partida por botão, chave presencial, câmera de ré, seletor de modo de condução (com os modos Normal, Eco e Sport) e um sistema de som Auditorium 3D Sound by Arkamys.
Serão duas opções de motores. A mais básica é o 1.0 tricilíndrico aspirado de 72 cv e 9,8 kgfm a 3.500 rpm, podendo trabalhar com uma transmissão manual ou uma automatizada Easy-R, ambas de 5 marchas. Para quem quiser mais potência, haverá o 1.0 turbo de três cilindros, entregando 100 cv e 16,3 kgfm, de torque a 3.200 rpm. Mantém a opção manual, mas troca o automatizado Easy-R por uma caixa CVT simulando 5 marchas. Assim como no Kwid, traz uma suspensão independente na dianteira e de eixo de torção na traseira.
A Renault já disse anteriormente que o Kiger é um modelo global. A Índia irá produzí-lo e exportar para outros mercados asiáticos, mas o plano é que apareça em outros países. E, considerando que a nova estratégia da Aliança Renault-Nissan para o Brasil é oferecer carros semelhantes, com a Renault liderando o desenvolvimento na região, o Kiger está praticamente certo para o nosso país – a Nissan já confirmou que irá produzir o Magnite por aqui e tem lançamento previsto para 2022.
Fotos: Autocar India
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