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Mercedes admite que pode ter ido longe demais na oferta de carros compactos

CEO confessa que empresa tem hoje mais modelos na categoria do que realmente precisa

Mercedes-Benz Classe A250 (BR)

Atualmente formada por veículos como Classe A, Classe A Sedan, Classe A Sedan LWB (versão alongada exclusiva da China), Classe B, CLA, CLA Shooting Brake, GLA e GLB, a gama de modelos compactos da Mercedes-Benz parece ter crescido além do planejado. Em entrevista concedida recentemente, o próprio CEO da marca, Ola Källenius, admitiu que a estratégia foi exagerada e que a empresa "foi um pouco longe demais para cobrir espaços em cada segmento".

Segundo o executivo, não há interesse em fazer da marca "concorrente de fabricantes de grande volume” e, por conta disso, mudanças serão implementadas em breve. Detalhes específicos ainda são desconhecidos, mas desde já a Mercedes-Benz deixa claro que não irá encerrar a produção de nenhum modelo (até porque todos foram recentemente renovados e estão atualizados no mercado).

Galeria: Mercedes CLA Shooting Brake 2019

Ao que tudo indica, a mudança prometida será no sentido de concentrar atenção na comercialização das versões topo de linha desses veículos, de modo a alcançar maiores margens de lucro. Essa decisão provavelmente está relacionada ao anúncio feito nesta semana sobre o fim da oferta de câmbio manual. Esse tipo de transmissão equipa geralmente níveis de acabamento mais baratos e, portanto, com margens mais enxutas.

Apesar de não incluir fim de linha para nenhum compacto, a nova estratégia deve afetar modelos maiores. É o caso de SLC, Classe S Coupé e Classe S Conversível, que não terão direito à novas gerações. Além disso, não haverá sinal verde para desenvolvimento do GLA Coupé, que vinha sendo especulado como concorrente do BMW X2.

Galeria: Mercedes-Benz Classe A250 (BR)

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