Depois do grande anúncio feito pela Renault de como a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi passará a funcionar, a Nissan agora revela seu plano de reestruturação. O plano de quatro anos ajudará a empresa a "alcançar um crescimento sustentável, estabilidade financeira e lucratividade" até o final do ano fiscal de 2023. E isso será feito com o corte de alguns fábricas e redução na linha de produtos.
Pela nova estratégia, a Nissan irá reduzir sua produção global em 20% para aproximadamente 5,4 milhões de unidades por ano, enquanto a linha de produtos em todo o mundo cairá dos atuais 69 modelos para um total de 55 veículos. Isso força a fabricante a fechar a fábrica em Barcelona (Espanha) e Purwakarta (Indonésia), concentrando sua produção asiática na Tailândia e Japão. Antes cotado para ser fechado, o complexo em Sunderland (Inglaterra) será mantido.
Por outro lado, a Nissan planeja lançar 12 novos modelos nos próximos 18 meses, focando seus esforços nos segmentos C e D, em veículos elétricos e em esportivos. Isso porque a Renault irá comandar o desenvolvimento para os segmentos A e B, enquanto a Nissan terá apenas variantes do que a marca francesa lançar. Os elétricos terão um papel importante nesta nova estratégia, com a Nissan buscando vender mais de 1 milhão de veículos eletrificados até o fim de 2023. O plano mostra a chegada de mais 4 carros totalmente elétricos e 5 novos modelos com o sistema híbrido e-Power nos próximos anos.
“Nosso plano de transformação busca garantir um crescimento sustentável ao invés de uma expansão excessiva das vendas", comenta Makoto Uchida, CEO da Nissan. "Agora, vamos nos concentrar em nossas principais competências e melhorar a qualidade de nossos negócios, mantendo a disciplina financeira e focando na receita líquida por unidade para obter lucratividade. Isso coincide com a restauração de uma cultura definida pelo 'Nissan-ness' para uma nova era."
O foco na eletrificação será apoiado pela introdução do sistema ProPILOT de condução semiautônoma, que já é usada por modelos como o novo Skyline vendido no Japão e que será levado para mais de 20 modelos em 20 mercados globais.
Outras baixas causadas pela nova estratégia é a saída da Nissan do mercado sul-coreano e o fim da oferta da Datsun na Rússia. Apesar dos rumores de que a marca de baixo-custo seria extinta, ela será mantida somente para o mercado indiano, onde ela ainda tem alguma força.
Fonte: Nissan
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