Os carros mais importantes da década (2010 - 2020) no Brasil
Do Hyundai HB20 à Fiat Toro, veja quem movimentou o mercado nacional nos últimos 10 anos
Aconteceu de tudo nesta última década. Quando falamos em automóveis, diversos lançamentos ganharam destaque por motivos distintos. Selecionamos os 10 destaques dos últimos 10 anos em nosso mercado, seja por vendas, seja por sua importância tecnológica ou a mudança de comportamento dos consumidores. Segue a lista em ordem alfabética:
BMW i3
Se 2019 foi um ano importante para a eletrificação dos automóveis brasileiros, em 2013 o BMW i3 deixou sua marca na história ao abrir o mercado para os modelos elétricos no país. Além do visual futurista, o modelo ousava com sua estrutura em fibra de carbono, além de trazer rodas aro 20" com pneus finos e um motor a combustão apenas para a recarga das baterias - um extensor de autonomia em uma época que as tomadas de recarga eram raríssimas. O i3 nunca foi barato e continua assim. Hoje ele possui uma versão sem o motor a combustão por R$ 237.950, com motor elétrico de 170 cv, além de manter a versão com o gerador, um motor bicilíndrico de 647 cc que não tem função de movimentar o carro - é o que o diferencia de um modelo híbrido.
Chevrolet Onix
Apresentado em 2012, o substituto do Corsa quebrou a hegemonia de VW Gol e Fiat Palio e levou a Chevrolet a ser líder de mercado a partir de 2015 - algo que não acontecia desde o Monza em 1984 a 1986. Trouxe o sistema multimídia (My Link) para os carros de entrada e não sofreu nem mesmo com a chegada de rivais mais modernos, como Ford Ka e Fiat Argo. A nova geração, lançada em 2019, trouxe nova plataforma, motor e equipamentos inéditos no segmento. Deve continuar em posição de líder, assim como seu sedã, o Onix Plus, antigo Prisma, que já se destaca entre os modelos compactos.
Fiat Toro
A base de um SUV com a praticidade da caçamba de uma picape. Assim nasceu a Fiat Toro, modelo que acabou criando um segmento que ganhará concorrentes de peso nos próximos anos - ao menos Volkswagen e Ford já confirmaram seus modelos. Produzida na mesma plataforma e fábrica dos Jeep Renegade e Compass, provou que a Fiat também era capaz de vender carros que não fossem compactos. Com estrutura monobloco, a Toro também inovou na abertura lateral da caçamba, em duas folhas. A variedade de versões também ajudou a conquistar clientes. Trouxe desde o modelo com motor 1.8 flex e tração dianteira até o 2.0 turbodiesel com tração 4x4 e câmbio automático de 9 marchas, além de itens de acabamento de picape de luxo. Depois ainda recebeu uma versão 2.4 flex, esta com vendas mais tímidas.
Honda HR-V
Antes dele, apenas Ford EcoSport e Renault Duster disputavam o segmento de SUVs compactos. A partir do Honda HR-V, vieram Jeep Renegade, Hyundai Creta, Nissan Kicks e cia. Usando a mesma base do Fit, o SUV japonês apostou na modularidade do interior com o Magic Seat e no amplo espaço interno. Acabamento e design também chamaram a atenção, tanto que passou apenas por uma leve reestilização em 2018. Estreou com motor 1.8 flex e, ano passado, ganhou o 1.5 turbo a gasolina, ambos com transmissão automática do tipo CVT. Líder de vendas entre os SUVs em 2015, o HR-V logo se tornou o carro-chefe da Honda no Brasil, desbancando Fit e Civic.
Hyundai HB20
A Hyundai ganhou força no Brasil pelas mãos da Caoa, quando a representante importava modelos como i30, Azera e Sonata. Mas a virada veio em 2012 com a chegada oficial da marca ao país. A estreia como fabricante nacional veio acompanhada do HB20, modelo desenvolvido especialmente para nosso mercado com a missão de oferecer qualidade de Honda Fit a preço de VW Gol. Embalado pelo design arrojado e com acabamento e construção ainda não vistos no segmento de entrada, o HB20 não demorou para garantir seu lugar ao sol. Tornou-se vice-líder de mercado, algo que apenas modelos da Chevrolet, Volkswagen, Ford e Fiat tinham conseguido até então. Pena que a mudança feita em 2019 não parece não ter surtido o efeito desejado pela marca.
Jeep Compass
Um SUV médio que vendeu mais que os compactos? O Jeep Compass deixou até seu irmão de plataforma, o Renegade, para trás. Mesmo mais caro, mostrou que design, acabamento e uma proposta mais familiar podem atrair compradores. Com porte ligeiramente maior que o do Renegade, o Compass também fez a estreia do motor 2.0 flex na gama Jeep (versões 4x2), acompanhado do 2.0 turbodiesel nas versões 4x4. Junto com o Renegade, colocou o nome Jeep novamente na lista de desejos do brasileiro e conquistou uma participação de mercado acima de 50% do segmento.
Range Rover Evoque
O SUV inglês nasceu de um carro-conceito e chegou às lojas com poucas mudanças em 2011. Isso criou um carro impactante em termos de design (incluindo a versão cupê de 2 portas, depois descontinuada) e que se tornou um símbolo de status mundo afora - incluindo o Brasil. Tornou-se desejo da classe alta e populou os estacionamentos de shoppings de luxo e restaurantes caros. De tão icônico, acabou ditando as regras para os modelos seguintes SUVs da Land Rover, além de ganhar uma nova geração com apenas leves mudanças visuais.
Renault Kwid
"O SUV dos compactos". Com esse mote, o Renault Kwid chegou ao Brasil querendo ser um carrinho descolado. O projeto indiano trouxe ao segmento dos carros mais baratos do país itens como central multimídia, suspensão elevada, airbags laterais e porta-malas de 290 litros. O motor 1.0 de 3 cilindros e 70 cv garante baixo consumo e bom desempenho graças ao peso-pluma do hatch, em torno de 800 kg dependendo da versão. Barato de comprar e manter, foi o quarto carro mais vendido em 2019, deixando o rival Fiat Mobi bem para trás.
Toyota Corolla
Mesmo com diversos lançamentos de SUVs, o Toyota Corolla se manteve firme entre os preferidos da classe média brasileira. Durante a última década, figurou diversas vezes entre os 10 carros mais vendidos do país e chegou a desbancar em alguns meses até mesmo o Chevrolet Prisma, um sedã menor e bem mais barato. Em 2019, o Corolla ganhou uma nova geração, bem mais moderna, e se tornou primeiro carro híbrido produzido no Brasil. Aliás, o primeiro híbrido flex do mundo: seu motor 1.8 a combustão aceita gasolina ou etanol, servindo para mover o sedã ou recarregar as baterias que alimentam o motor elétrico.
Volkswagen Up! TSI
Esse é mais pelo motor que pelo carro em si. Lançado em 2014, o up! trouxe para o segmento de subcompactos um modelo de construção refinada e elevado nível de segurança. Mas isso tinha um preço - e ele era mais alto do que o brasileiro se dispôs a pagar. No entanto, a estreia do motor 1.0 TSI (com turbo e injeção direta) em 2015 mudaria não só a vida do carrinho (que ganhou uma legião de fãs) como também a da própria Volkswagen no país. Depois do up!, o motor se espalhou pelo restante da linha, passando a equipar Polo, Virtus, T-Cross e, em breve, Nivus. Depois da VW, outras marcas seguiram o mesmo caminho, como a Hyundai e a Chevrolet, enquanto FCA e Honda também preparam os seus "mil" turbinados para breve.
Fotos: divulgação e arquivo Motor1.com
Galeria: Carros da década no Brasil
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