Novo Tracker 2020 terá preços e volume para deixar de ser coadjuvante
Sem as limitações de vir do México e com motor 1.2 turbo, ele chega até abril
Esqueça (quase) tudo que você sabe sobre o Chevrolet Tracker. Não que o modelo atual deixe a desejar, mas é que a nova geração está chegando para mudar a condição do SUV no mercado brasileiro. De um SUV que é coadjuvante do segmento, devido às limitações de vir importado do México, o novo Tracker 2020 terá posicionamento e volume para brigar com os líderes da categoria - em outras palavras, saltar da média atual de 1,3 mil unidades mensais para pelo menos o triplo disso.
Já à venda na China, o novo Tracker pertence à mesma família dos novos Onix e Onix Plus. É feito sobre a plataforma GEM (Global Emerging Markets), fruto de uma parceria entre a General Motors e a chinesa SAIC. Espere, portanto, por uma evolução como a vista nos irmãos de projeto, incluindo os mesmos equipamentos que destacaram sedã e hatch em suas respectivas categorias.
Diferentemente de Onix hatch e sedã, que cresceram substancialmente, o Tracker manteve praticamente as mesmas medidas de antes - as principais mudanças ficam por conta da altura reduzida e do porta-malas ampliado para 390 litros. Veja na tabela abaixo as dimensões do novo Tracker contra o atual e seus principais futuros concorrentes:
MODELO | COMPRIMENTO | LARGURA | ALTURA | ENTRE-EIXOS | PORTA-MALAS |
Novo Chevrolet Tracker | 4,27 m | 1,79 m | 1,60 m | 2,57 m | 390 l |
Chevrolet Tracker (atual) | 4,26 m | 1,78 m | 1,68 m | 2,56 m | 306 l |
Jeep Renegade |
4,23 m |
1,81 m | 1,66 m | 2,57 m | 320 l |
Hyundai Creta | 4,29 m | 1,78 m | 1,64 m | 2,59 m | 431 l |
Nissan Kicks | 4,30 m | 1,76 m | 1,59 m | 2,61 m | 432 l |
O interior trará elementos que conhecemos no Onix, como o volante de três raios com a base reta, painel de instrumentos com tela LCD para o computador de bordo e também a central multimídia MyLink 3, incluindo a oferta de internet wi-fi com 4G a bordo. Também podemos esperar por itens como carregador de celular por indução, partida por botão, ar-condicionado digital, alerta de ponto cego e o sistema de estacionamento automático (easy park). Pode até ir além se trouxer todas as atrações da versão chinesa, como retrovisor eletrocrômico e teto-solar panorâmico.
O atual motor 1.4 turbo de 4 cilindros será trocado por um inédito 1.2 turbo, com 3 cilindros (mesma família do 1.0 turbo dos novos Onix), ainda sem qualquer informação sobre potência e torque (a versão aspirada desse 1.2 gera 90 cv). Como referência, o 1.0T tem 116 cv e 16,3/16,8 kgfm de torque, sem injeção direta de combustível. O câmbio automático será de 6 marchas e a tração, dianteira. Ainda não há confirmação da oferta de câmbio manual, devido à pouca procura neste segmento.
A produção, até então prevista para São Caetano do Sul (SP), pode rumar para a Argentina, na planta de Santa Fé, onde hoje são produzidos apenas o Cruze e Cruze Sport6, para equalizar a balança entre os dois países. O lançamento é previsto para, no mais tardar, abril de 2020. Terceiro modelo da nova linha de compactos da Chevrolet, o SUV ainda terá a companhia de uma picape para o lugar da Montana (que vai crescer para encarar a Fiat Toro) e da nova geração da minivan Spin. A família deverá estar completa em 2022.
Com o novo Tracker agora feito na região, a Chevrolet terá uma gama mais ampla de versões (hoje só existem a LT e a Premier) para atuar praticamente em todas as faixas do segmento de SUVs compactos. A julgar pelo posicionamento agressivo de preço dos novos Onix e Onix Plus, podemos esperar que a nova geração chegue custando até menos que o modelo de hoje, tabelado a partir de R$ 94.890. Quem apostar na seara dos R$ 85 mil para a versão de entrada LT, na faixa onde começa o Nissan Kicks CVT, pode se dar bem.
Colaborou: Leo Fortunatti
Fotos: divulgação
Galeria: Chevrolet Tracker 2020
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