Fiat-Chrysler faz proposta de fusão para Renault
Marca francesa confirma negociação e diz que irá “estudar proposta com interesse”
A Fiat-Chrysler surpreendeu e fez uma proposta de fusão com a Renault, oferecendo um acordo para dividir a nova empresa em 50/50. Ambas as fabricantes confirmaram a negociação com um comunicado de imprensa. A Renault reuniu seu quadro de diretores para analisar a proposta e diz que irá estudar a oportunidade com interesse. A agência Bloomberg diz que esta parceria não envolverá Nissan e Mitsubishi, já parceiras da Renault.
Os primeiros rumores sobre esta negociação entre Fiat-Chrysler e Renault apareceram em março, após uma reportagem do Financial Times. Na época, a publicação disse que a fusão poderia acontecer nos próximos 12 meses. Ontem (26 de maio), o Bloomberg antecipou o anuncio e trouxe os primeiros detalhes. O acordo fará com que as duas empresas criem uma nova companhia, dividindo as ações em 50% para a FCA e 50% para Renault, cooperando para produção operacional e desenvolvimento de novos carros.
A parte mais interessante é que a Renault teria tomado essa decisão de falar com a Fiat-Chrysler sem buscar apoio da Nissan e a Mitsubishi, suas parceiras na Aliança. O Bloomberg diz que as outras duas fabricantes serão incluídas no processo posteriormente. A justificativa seria que a Renault está sendo pressionada a desenvolver novas tecnologias, o que acelerou o processo.
As duas fabricantes têm muito a ganhar com este acordo. A Renault teria acesso ao mercado norte-americano e, dependendo da velocidade com que a negociação for feita, poderia até chegar lá antes da Peugeot. Já a Fiat-Chrysler poderia entrar na Rússia. Além disso, podem compartilhar custos de desenvolvimento e produção, economizando uma quantia substancial de dinheiro. E, como a Renault já está mais avançada na eletrificação, a FCA poderia adotar a plataforma de carros EV usada no Zoe.
O problema agora é como a Nissan irá reagir a essa notícia. Os japoneses estão resistindo às propostas de fusão feitas pela Renault, por acreditar não ser um bom negócio, além de ainda estarem discutindo a prisão de Carlos Ghosn, ex-CEO da Aliança.
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