O presidente Jair Bolsonaro defendeu o prazer de dirigir do povo brasileiro neste último domingo, durante o Programa Sílvio Santos, do SBT. De acordo com o mandatário, o número crescente de radares nas rodovias nacionais vem tirando a diversão de guiar e, segundo ele, não necessariamente reduz o número de acidentes e mortes. Polêmicas à parte, entramos na onda do presidente e selecionamos 10 carros de diferentes categorias que oferecem um quê a mais de prazer na condução quando comparados aos seus rivais. Confira pela ordem de valores:
Sem pretensões esportivas, o Ka intermediário une o novo motor 1.5 de 3 cilindros ao também novo câmbio manual MX-65 de 5 marchas. Com 136 cv e 16,1 kgfm, deixa o compacto da Ford (1.064 kg) bem ágil nas saídas, favorecido pela transmissão com engates mais macios e curtos. Some isso à direção afiada e à suspensão mais firminha do Ka e temos um conjunto bem divertido.
O pequeno VW não tem o apelido de "formiga atômica" à toa. Desde que estreou o motor 1.0 com turbo e injeção direta na versão TSI, o hatch se transformou. Com 105 cv e 16,8 kgfm de torque, nem mesmo o câmbio de relações longas é capaz de tirar o fôlego do carrinho. É esperto na cidade e dá trabalho para muito carro grande na estrada.
O compacto da Renault é um dos poucos carros nacionais a ter uma versão verdadeiramente esportiva. Com acerto de suspensão, direção e freios feito pela Renault Sport, o RS ainda trouxe o motor 2.0 do Duster (em versão de 150 cv e 20,9 kgfm) acoplado a um câmbio manual de 6 marchas de relações curtas para ganhar agilidade. Muito bom de curva e estável nas retas, o RS não só é divertido nas ruas como ainda encara um track day com muita autoridade.
Ele usa o mesmo motor do up! TSI, mas em versão mais forte: são 128 cv e 20,4 kgfm no Polo, mas neste caso somente com câmbio automático de 6 marchas - pelo menos há borboletas no volante como opcional para a versão Comfortline e de série no Highline. Em relação ao up!, o Polo tem a suspensão mais macia, mas é mais largo, tem bitolas maiores e carroceria mais baixa, além do auxílio precioso do bloqueio eletrônico do diferencial. Em resumo, é rápido, bom de curva e equilibrado na estrada.
A Honda foi ousada e, mesmo sabendo da maciça preferência pelo câmbio automático entre os sedãs médios, colocou no mercado uma versão do Civic com câmbio manual. Ou seja, temos a dirigibilidade refinada do Civic (com suspensão independente nas quatro rodas, direção com relação variável e buchas hidráulicas na dianteira) aliada a uma transmissão de 6 marchas com engates precisos e curtinhos. Poderia ter o motor 1.5 turbo, mas o 2.0 Flex de 155 cv e 19,5 kgfm já oferece desempenho suficiente para abrir um sorriso.
Vendido como hatch aventureiro na Europa, aqui no Brasil o Cactus foi posicionado como SUV. Na verdade é um belo exemplo de crossover, que une o motor 1.6 THP (de 165 cv e 24,5 kgfm) com câmbio automático de 6 marchas a uma suspensão elevada e macia para rodar na buraqueira. O efeito é um carro rápido e muito agradável de dirigir em nossa malha viária judiada, sem ter aquele balanço incômodo de carroceria dos SUVs mais altos.
Se é para o mundo ser dominado pelos SUVs, então pelo menos que eles se inspirem no Vitara 1.4 turbo. O SUV japonês segue a filosofia de Colin Chapman e aposta no baixo peso: são apenas 1.170 kg, que fazem os 146 cv e 23,5 kgfm parecerem até mais. Mas não é só. Em nosso teste, sua dirigibilidade fez lembrar o Swift Sport, com pouca inclinação da carroceria nas curvas e uma direção que ganha peso na medida conforme a velocidade aumenta.
Um híbrido nesta lista? Esses caras do Motor1.com devem estar malucos! Calma, o Prius tem motivos para estar aqui. Apesar de desempenho não ser prioridade, a resposta do motor elétrico deixa as retomadas fortes. E as baterias posicionadas no assoalho deixam o sedã com centro de gravidade bem baixo, fazendo com que a estabilidade seja favorecida. Outro lado bom é que, quando o trânsito parar, você pode sentir prazer ao ver o consumo superar os 30 km/litro.
As versões 1.0 e 1.4 do Golf deixaram de ser oferecidas, mas a esportiva GTI seguirá firme. Ainda bem: com o motor 2.0 turbo de 230 cv e 35,7 kgfm aliado ao câmbio de dupla embreagem e 6 marchas, o GTI é um foguete nas retas e segura muito bem a onda nas curvas, com suspensão independente nos dois eixos, rodas aro 18" e bloqueio eletrônico do diferencial. E faz isso sem abrir mão do conforto e de diversos itens de tecnologia, como painel digital e piloto automático adaptativo (opcional).
A nova geração do Série 3 foi feita para resgatar o prazer de dirigir inerente aos BMW. E a marca bávara desta vez não decepcionou: a versão 330i vem com motor 2.0 turbo de 258 cv e 40,8 kgfm de torque enviados para a tração traseira por meio do câmbio automático de 8 marchas. Também ganhou bitola mais larga na dianteira que na traseira, para valorizar as "rabeadas". Para completar, a direção ficou mais direta e ganhou maior sensibilidade. Divertido é pouco!
Fotos: divulgação e arquivo Motor1.com
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Último Cadillac de Elvis Presley vai a leilão
Fiat Mobi alcança 600 mil unidades produzidas em quase 9 anos de mercado
Netflix lança trailer da série do Senna; assista
VW revela novo Tiguan 2025 nos EUA e adianta SUV que pode vir ao Brasil
Jeremy Clarkson, ex-Top Gear, passa por cirurgia cardíaca de emergência
Quer apostar? Híbridos vão depreciar mais que elétricos daqui a 10 anos
Última Ferrari de F1 de Michael Schumacher vai a leilão