Com o Yaris se dando bem em nosso mercado, a Toyota volta sua atenção para o seu carro mais vendido e que fez o seu nome no Brasil: o Corolla. A décima segunda geração do sedã muda radicalmente não só para manter a liderança do segmento, como também para fazer frente aos SUVs. Para isso, recebeu design bem mais agressivo, mais equipamentos e terá até versão híbrida flex, rodando com etanol ou gasolina – tudo isso na versão nacional feita Indaiatuba (SP). Veja o que já sabemos sobre o novo Toyota Corolla:
Procure por Toyota Corolla 2020 e irá encontrar fotos de três modelos diferentes do sedã. Como nas outras gerações, a versão norte-americana adotará linhas exclusivas em relação ao modelo considerado “global” e, para ajudar, eles ainda terão a versão XRE com uma frente inédita. Nos EUA, o Corolla será bem parecido com a variante hatchback, usando faróis e grade semelhante.
Já por aqui, continuaremos a seguir o design usado na Europa. Fontes já nos adiantavam a informação e a apresentação do carro nacional na versão híbrida confirmou isso. Embora esteja camuflado, é possível notar alguns detalhes, como a depressão na área dos faróis e um elemento vertical nas laterais do para-choque. É possível que ele tenha algumas diferenças leves, já que o estúdio de design da marca no Brasil tem autonomia para fazer mudanças pontuais.
O interior é o mesmo em todas as versões, muito mais limpo e moderno – tiraram até mesmo o clássico relógio digital. Terá tela flutuante para a central multimídia e um quadro de instrumentos com um display de 7” cercado por contadores analógicos. Até mesmo o volante mudou, ganhando desenho mais esportivo e botões novos.
A nova geração do Toyota Corolla trocará de plataforma, adotando a base modular TNGA, usada também por Prius, C-HR, Camry e o novo RAV4. Ela não mexerá tanto assim nas medidas do sedã, que crescerá de 4,62 metros para 4,63 m, enquanto a largura passará de 1,77 m para 1,78 m. O entre-eixos manterá os 2,70 m. Também ficará mais baixo, reduzindo de 1,47 m para 1,43 m. Até o porta-malas é praticamente igual, com 471 litros (o atual conta com 470 l).
Ainda assim, o novo Corolla será um carro bem mais confortável. A plataforma melhora o aspecto dinâmico do sedã e ele passa a ser equipado com suspensão multilink na traseira, descartando o eixo de torção do modelo atual. Lá fora, ele ainda é vendido com suspensão adaptativa com seis modos pré-determinados. Por fim, o isolamento acústico foi reforçado, principalmente para o cofre do motor, garantindo maior silêncio a bordo.
Embora o Corolla tenha muitos bons atributos, a parte tecnológica não era uma delas. O sedã sempre pareceu um pouco mais velho em comparação aos rivais. Não será mais assim. A Toyota quer passar a sensação de sofisticação logo ao entrar no carro, com um interior "clean" e menos botões. Adota uma central multimídia com tela de 8" no estilo “flutuante”, cada vez mais usada pelas fabricantes. Todos os comandos do ar-condicionado estão centralizados logo abaixo.
Até o painel de instrumentos está mais moderno. Recebeu uma tela de 7” para o computador de bordo, deixando o conta-giros, o medidor de temperatura do motor e do tanque de combustível com relógios analógicos nas laterais. Acha pouco? Tem mais, pois ele ainda recebe head-up display, freio de estacionamento elétrico e até faróis de LED com função adaptativa.
Lá fora, ele ainda recebe o pacote Safety Sense 2.0, que traz itens como aviso de ponto cego, alerta de saída de faixa, piloto automático adaptativo, frenagem automática de emergência com detecção de pedestres e alerta de tráfego cruzado. Nossa aposta é que este kit seja oferecido por aqui, mas somente na versão mais cara.
Uma das mudanças na motorização do novo Corolla será o fim do motor 1.8. É algo esperado, já que o 1.8 está cada vez mais de lado na linha atual do sedã, oferecido somente na versão GLi, com banco de tecido ou de couro – por R$ 79.990 e R$ 90.990, respectivamente. Já não é tão procurado assim, uma vez que o cliente do sedã médio vai direto para a versão 2.0, que também vem mais equipada.
Para animar um pouco, o motor 2.0 será atualizado. Ganhará injeção direta, subindo sua potência dos 154 cv atuais para cerca de 170 cv, como aconteceu nos EUA. Seguirá com o câmbio CVT, mas agora com simulação de 10 marchas (são 7 no atual).
O Corolla ainda terá uma versão 1.8, mas ela será híbrida. É o mesmo conjunto utilizado no Prius, que combina o motor a combustão e outro elétrico, com 122 cv. Ele foi adaptado para aceitar também etanol, fazendo com que o Corolla seja o primeiro híbrido flex do mundo – até foi apresentado pela fabricante, quando confirmaram a data de estreia.
Tivemos a chance de andar no Corolla híbrido na Europa. O modelo mostrou-se bem eficaz, acelerando de 0 a 100 kmh em 11 segundos e com um médio de consumo de até 23,8 km/l – lembrando que estava com a gasolina europeia, que não tem a mistura de etanol como por aqui.
A primeira pergunta é a mais fácil de responder. O novo Toyota Corolla estará nas lojas no último trimestre do ano, com apresentação marcada para outubro. Esta janela de lançamento já foi confirmada pela fabricante. É mais cedo do que esperávamos, uma vez que a marca tinha a tradição de apresentar o sedã em março - o que o levaria para 2020.
O preço é o maior mistério envolvendo o Corolla. Se seguir a tabela de preços da geração atual e os valores praticados por seus rivais, o sedã deve ter valor inicial por volta dos R$ 100 mil. Pode até ser um pouco mais alto, já que o Corolla XEi 2.0 CVT, justamente o modelo mais vendido, custa R$ 105.990. Na versão híbrida, que terá o conjunto motriz importado, o valor deve subir até passar a barreira dos R$ 120 mil. Vale lembrar que o Prius é vendido por R$ 125.450.
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