Na primeira entrevista concedida à imprensa desde sua prisão em novembro do ano passado, Carlos Ghosn fez sérias acusações contra executivos do próprio grupo e se disse vítima de uma trama falsamente construída com o intuito de atrapalhar a integração entre as marcas Nissan e Renault. Segundo o brasileiro, dirigentes da gigante japonesa contrários aos planos de aproximação com a Renault recorreram à traição para desestabiliza-lo e criar na opinião pública uma narrativa de falsas alegações e má conduta financeira contra ele. “Algumas pessoas distorceram a realidade transformando minha liderança forte em um postura de ditador com o propósito de se livrar de mim”, disse.
Ghosn negou ainda todas as acusações sobre pagamentos indevidos, fraude fiscal e declarações financeiras falsas, além de argumentar que as luxuosas residências que possui no Rio de Janeiro e em Beirute foram aprovadas pelo departamento jurídico da Nissan. Por fim, acrescentou que está bem de saúde e que não fugiria caso fosse libertado sob fiança, como pleiteiam seus advogados.
A entrevista durou apenas 20 minutos e foi tocada pelo jornal japonês Nikkei.
Fonte: Reuters
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