Chevrolet Montana
Destinadas prioritariamente ao trabalho, as picapes compactas vendem muito no Brasil - mesmo que o modelo tenha projeto antiquado. Veja o exemplo da Fiat Strada, que com 20 anos de vida ainda é a picape mais vendida do país. Mesmo a Volkswagen Saveiro, segunda colocada do segmento, tem desempenho invejável. E há um terceiro modelo na categoria, a Chevrolet Montana, que ainda usa a plataforma do finado Agile. Emplacou 13.106 unidades em 2018, mais do que a Renault Duster Oroch ou a Mitsubishi L200. É um modelo que a GM deixou à própria sorte e parece que vai levar até onde puder, sem se preocupar em renová-la. Seu fim deve chegar quando a Chevrolet lançar uma nova picape com porte de Fiat Toro.
Citroën Aircross
A versão aventureira do C3 estreou em 2010 e ainda manteve desempenho razoável em 2018, emplacando 5.565 unidades. O problema é que, com a chegada do C4 Cactus, irá perder apelo, já que o crossover lançado no ano passado é um produto bem mais atual e mais bem equipado e com opção de motor turbo. O que surpreende é que o Aircross ainda conseguiu subir nas vendas em dezembro, emplacando 378 unidades.
Dodge Journey
A sobrevivência do Journey no Brasil é mais fácil de explicar. É o único carro que a Dodge ainda vende por aqui, então, se ele sair de linha, a fabricante desaparece do nosso mercado. Ele até poderia ser é a opção mais barata de SUV grande com sete lugares, mas há carros mais modernos com preços bem próximos. O Volkswagen Tiguan, por exemplo, custa os mesmos R$ 149.990. Mesmo o motor V6 não é um argumento tão interessante assim. O Dodge usa um possante 3.6 V6 de 280 cv, mas o consumo assusta.
Fiat Weekend
Peruas estão muito próximas da extinção no Brasil. Com o anúncio do fim da Volkswagen SpaceFox, a Fiat Weekend (antiga Palio Weekend) ficará sozinha entre as stations wagons compactas. É o carro menos vendido da marca ainda sendo produzido: emplacou 3.165 unidades em 2018, mesmo considerando que ela tem 22 anos de idade. Resta saber se a Fiat irá seguir os passos de sua rival e tirar a Weekend de linha, ou se fará como a Chevrolet Spin, como única representante de um segmento moribundo.
Ford Fiesta Sedan
Quando chegou ao Brasil, a sexta geração do Ford Fiesta agradou e vendeu bem na versão hatch. Já a o sedã nunca conseguiu achar o seu espaço, tanto que a Ford chegou até a suspender a importação do modelo, retomando as vendas depois de sete meses. Para piorar, o Fiesta Sedan ainda envelheceu em comparação com o hatch, que ao menos passou por uma reestilização e recebeu o motor 1.0 EcoBoost de 125 cv. O resultado é que está emplacando cada vez menos, somando apenas 1.564 unidades em 2018. Depois da chegada do Ka Sedan com câmbio automático, não será nenhuma surpresa se a marca anunciar neste ano que irá tirá-lo de linha.
Jeep Cherokee
O Jeep Cherokee é outro exemplo de canibalização por conta da concorrência interna. Ele é muito próximo do Compass, com a desvantagem de ser importado e muito mais caro, enquanto seu rival é feito em Pernambuco. Mede 4,62 m, com entre-eixos de 2,70 m, enquanto o Compass mede 4,41 m e 2,63 m, respectivamente. Mas o Cherokee custa R$ 169.990 na versão Longitude, enquanto o Compass é vendido por R$ 127.990 também na Longitude. Seu diferencial é o motor 3.2 V6 Pentastar a gasolina, de 271 cv e 32,2 kgfm. O que pode ter pesado contra é o design bem diferente do restante da gama Jeep. Talvez ganhe nova vida com a chegada da versão reestilizada, que resolveria este problema.
Kia Soul
Um dos carros mais importantes da Kia antes do Super-IPI, o Soul é um modelo que praticamente desapareceu. O crossover, que já emplacou 25.837 unidades em 2011, contabilizou somente 127 veículos ao longo de 2018. A situação é triste. Em fevereiro, ele não emplacou uma única unidade, enquanto em janeiro, fevereiro e junho apareceu na lista com apenas 1 emplacamento. Sua derrocada foi causada pela alta do imposto de importação pago pela fabricante e pela própria estratégia da empresa, que o reposicionou como um crossover premium. Assim, o carro que custava cerca de R$ 60 mil passou a ter preço inicial de R$ 89.990.
Mitsubishi Lancer
O Mitsubishi Lancer renasceu das cinzas. Em 2017, ele parecia que iria sair de linha a qualquer momento, chegando ao ponto de emplacar somente 1 unidade em novembro e mais 1 em dezembro. Nem aparecia mais no configurador. Mas marca praticamente relançou o sedã no ano passado, oferecendo novas versões e mais equipamentos. O resultado? 1.626 unidades emplacadas em 2018, o suficiente para superar Hyundai Elantra e Peugeot 408. Nada mal para um carro que saiu de linha no resto do mundo, exceto na China e Taiwan.
Peugeot 308
Se as coisas estão ruins para os hatches médios em geral, para o Peugeot 308 estão ainda piores. A primeira geração ainda é feita na Argentina atualmente tem vendas pífias, somando 434 unidades em 2018 - menos até que o Volvo V40, também antigo e bem mais caro. Além de ser um carro em um segmento cada vez mais próximo da morte no Brasil, o 308 está bem desatualizado, já que sua segunda geração foi lançada na Europa em 2013.
Peugeot 408
Derivado do 308, o Peugeot 408 também está cada vez pior nas vendas. Teve seus momentos em 2018, com um pico de 175 unidades em abril. Só que em outros meses despencou para menos de 20 veículos vendidos por mês. Ganha somente do 308 e do 5008 dentro da Peugeot – só que este último tem o argumento de custar pouco mais que o dobro. No ano passado, o 408 emplacou 739 unidades, 379 veículos menos que em 2017. Em breve, deverá acompanhar o caminho do rival Renault Fluence, que deixou de ser vendido no ano passado.