O Rota 2030 tem até o dia 16 de novembro para deixar de ser uma Medida Provisória e se tornar, de fato, uma lei. Na última quarta-feira (24), o texto do programa foi aprovado por uma comissão e agora segue para votação na Câmara dos Deputados e no Senado - fato bastante comemorado pelo setor automobilístico.
"Hoje tivemos uma grande vitória. A comissão mista criada para analisar o Rota 2030 aprovou o relatório com as medidas do programa. O texto deverá ser votado nos próximos dias na Câmara e no Senado. O Rota 2030 significa um passo importante para o desenvolvimento da indústria automobilística e da engenharia no Brasil e é a nossa oportunidade de contribuir para a competitividade do setor e de termos mais previsibilidade para a tomada de decisões e de novos investimentos", disse Antônio Megale, presidente da Anfavea.
O programa de incentivos (que deveria estar em ação desde janeiro de 2018, após o fim do Inovar-Auto) tem como principais metas melhorar o nível de segurança de nossos veículos (tanto estrutural quanto em equipamentos passivos e ativos), a eficiência energética (biocombustíveis, eletrificação, motores mais eficientes) e incentivar a pesquisa local de novas tecnologias. Serão até R$ 1,5 bilhão de créditos fiscais para as montadoras que investirem pelo menos R$ 5 bilhões em Pesquisa e Desenvolvimento.
A previsibilidade defendida por Megale é um dos principais assuntos em conversas com executivos de fabricantes. Para investir no Brasil, as marcas querem a segurança de que a lei não mudará de um dia para o outro, prejudicando diversas áreas e acarretando, principalmente, em prejuízos.
Segundo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), o Presidente da República, Michel Temer, quer aprovar o Rota 2030 até o dia 8 de novembro, quando ele deverá estar presente na abertura do Salão do Automóvel. A ocasião é perfeita para a oficialização do tão esperado programa, já que o evento deste ano mostrará, entre as atrações, tecnologias elétricas e híbridas e de condução autônoma em diversos lançamentos espalhados pelos estandes.
Fotos: divulgação
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