A confirmação do Rota 2030 joga luz no caminho dos carros elétricos no Brasil. Em conversa com jornalistas na fábrica da Aliança Renault Nissan Mitsubishi em Córdoba, Argentina, Marco Silva, Presidente da Nissan do Brasil, confirmou que o hatch 100% elétrico Leaf fará sua pré-estreia junto ao público brasileiro no Salão do Automóvel de São Paulo.
De acordo com Silva, a Nissan está estudando a forma e quais serão os principais mercados dentro do Brasil que receberão o modelo. “Existe um mercado cativo para elétricos no Brasil, e isso vem sem volta”, disse o executivo. “O Brasil vai ter uma velocidade diferente dos países da Europa, até porque nós temos um combustível limpo que é o etanol, e isso não pode ser descartado”.
Outro aspecto que atrai os consumidores na Europa para os elétricos é a dirigibilidade. “Muitos consumidores compram um carro elétrico pela dirigibilidade e não apenas pela emissão zero”, citando a disponibilidade de torque em sua totalidade de imediato.
Em relação à tributação, já se sabe que o Leaf pagará de 7% a 9% de IPI, “uma redução gigantesca”, destaca Silva, que torna mais viável sua comercialização no Brasil. “Isso será transferido diretamente para o mercado, no preço final”.
O otimismo com a chegada do carro elétrico no Brasil inclui até mesmo uma oferta mais ampla na infra-estrutura de recarga. “Há uma demanda de mercado e a infra-estrutura virá junto”, diz Silva. A Nissan tem conversas avançadas com distribuidores de combustíveis líquidos, distribuidores de energia. “A questão é ver as oportunidades que existem, o mercado existe”, ao indicar que os postos de combustíveis já estão de olho nesta oportunidade.
Planos para a produção de um carro elétrico da Nissan no Brasil ainda estão longe. “O carro elétrico é uma fagulha que vai começar a crescer, mas existem várias fagulhas a serem acendidas ainda”.
O carro elétrico mais vendido do mundo será vendido no Brasil entre o fim do 1º trimestre e início do 2º trimestre de 2019. O Leaf chegará ao mercado nacional importado da Inglaterra, o que pode ter impacto num eventual aumento de demanda no mercado europeu. Atualmente o modelo também é produzido no Japão.
Por Fábio Trindade, de Córdoba, Argentina
Viagem a convite da Nissan do Brasil
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