Hyundai e Audi anunciam nesta semana o fechamento de uma aliança de alcance global focada no desenvolvimento de carros movidos a hidrogênio. De acordo com as empresas, o acordo tem como objetivo ampliar a relevância da tecnologia e driblar dificuldades ainda existentes em termos de custo e falta de infraestrutura. A cooperação prevê troca de informações e acesso à propriedade intelectual uma da outra, incluindo sobre qualquer novo componente desenvolvido pela Audi (responsável pela tecnologia de célula de hidrogênio do grupo Volkswagen).
“A célula de combustível é a forma mais sistemática de condução elétrica e, portanto, um ativo potente em nosso portfólio de tecnologia para a mobilidade premium sem emissões do futuro”, comenta Peter Mertens, membro do conselho de desenvolvimento técnico da Audi. “No nosso roteiro do FCEV, estamos unindo forças com parceiros fortes como a Hyundai. Para o avanço dessa tecnologia sustentável, a cooperação é a maneira mais inteligente de liderar inovações com estruturas de custos atraentes".
A tecnologia de hidrogênio exige menos tempo de recarga dos veículos em relação aos modelos a bateria, mas é cara e sofre com falta de estações de reabastecimento. Juntas, Hyundai e Audi planejam levar a célula de combustível a um volume de produção viável e criar uma rede de infraestrutura. "Cem mil ou 300 mil veículos por ano por montadora, quando isso acontecer, eu acho que conseguiremos fazer dinheiro", disse Hoon Kim, diretor de pesquisa da coreana.
Em termos de funcionamento, o carro a hidrogênio se aproxima bastante do elétrico. Na prática, a grande diferença é verificada apenas no modo como a energia é gerada. Enquanto nos elétricos é preciso carregar o carro na tomada para ter uma nova carga na bateria, nos modelos movidos a hidrogênio há um tanque que, após um processo químico, transforma a substância em energia para alimentar o motor elétrico. Em vez de gases, o resultado gerado é apenas água, expelida pelo escapamento.
Fotos: Divulgação
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