Iniciada há pelo menos três dias em praticamente todas as regiões do Brasil, a greve dos caminhoneiros já começa a afetar também a produção de veículos. Segundo levantamento realizado pela Anfavea, cerca de 16 fábricas estão enfrentando problemas por conta da paralisação na entrega de componentes. Em pelo menos 11 delas, a montagem em um turno já foi paralisada.
"A situação é preocupante. Muitas fábricas já pararam suas linhas de montagem e, se a greve dos caminheiros continuar até o fim de semana, é certo que todas as fábricas pararão. Com isso, teremos uma queda na produção, nas vendas e nas exportações de veículos, tendo como consequência impacto direto na balança comercial brasileira e na arrecadação de tributos", alertou Antonio Megale, presidente da associação das fabricantes.
Os caminhoneiros protestam principalmente contra a elevação dos preços do diesel, que acumula alta de cerca de 18% nos últimos 12 meses. A principal queixa vai para a nova política comercial da Petrobras, que promove reajustes semanais de acordo com a variação internacional do preço do petróleo e do valor do dólar.
Fotos: Divulgação
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