Conceitos esquecidos: VW Saveiro Rocket tinha visual de cupê e motor 1.4 turbo
Modelo foi mostrado no Salão do Automóvel de 2010, mas não passou de um exercício de estilo e engenharia
Nome: Volkswagen Saveiro Rocket
Apresentação: Salão do Automóvel de São Paulo – 2010
Especificações: Motor 1.4 TSI, 16V, transversal, 140 cv a 4.500 rpm e 25,5 kgfm a 1.500 rpm, com gasolina, câmbio manual de 6 marchas, tração dianteira
Porque lembramos dele:
A linha Gol teve passado glorioso com suas versões esportivas, como a GTS e a GTi. No caso da picape Saveiro, o apelo dela era ser uma espécie de "cupê" 2 portas com preço acessível, que fazia muito sucesso entre os jovens dos anos 1990 e 2000. Ciente disso, a VW resolveu mostrar do que ela era capaz de fazer pela picape: instalou nela o motor 1.4 TSI com turbo e injeção direta (que depois equiparia o Golf) ligado a um câmbio manual de 6 marchas. Dados de desempenho não foram divulgados, mas certamente faziam jus ao sobrenome Rocket (foguete em inglês).
“Escolhemos a Saveiro para criar este modelo inédito porque ela é um dos carros mais usados pelos jovens para realizar modificações”, explicou, na época, Luiz Veiga, então gerente executivo de Design da Volkswagen. A picape-conceito tinha pintura branca com efeito perolizado e uma larga faixa vermelha atravessando toda a carroceria, além de rodas aro 18" pintadas de preto e vestidas com pneus 225/40.
O projeto da Saveiro Rocket partiu da constatação de que muitos usuários de picapes compactas viam seus carros como veículos esportivos de dois lugares. Partindo dessa premissa, a ideia foi reforçar essa tendência de todas as formas possíveis: no exterior, na cabine e na parte mecânica.
Na dianteira, a grade superior era pintada em preto de alto brilho, enquanto a parte inferior do para-choque vinha pintada em cinza Spectrus fosco, dominada por uma ampla grade em forma de colmeia e sublinhada em vermelho por um aplique chanfrado. Os faróis traziam lâmpadas de xenônio e lavadores automáticos, enquanto os limpadores eram do tipo aerowishers (o famoso "rodinho"), ainda uma novidade na época.
Era na lateral, no entanto, que a Rocket mais se diferenciava. Vinha com santantônio integrado à silhueta da carroceria, para criar o efeito de cupê, e a caçamba era coberta por uma tampa rígida com abertura por comando elétrico. Para finalizar, havia aerofólio preto na extremidade da carroceria e antena do tipo shark no teto.
Por dentro, a picape esportiva vinha com bancos tipo concha do Golf R32 e revestimento em couro Alcântara. Já a manopla do câmbio era do Golf GTI, enquanto o volante de couro trazia costuras em vermelho. Tinha ainda central multimídia e saídas de ar estilizadas.
Para acompanhar o motor 1.4 turbo, a Rocket teve a suspensão rebaixada (36 mm na dianteira e 60 mm na traseira) e recebeu discos de freio maiores, com 312 mm na frente e 256 mm atrás. Uma pena que, logo na ocasião do Salão 2010, a VW deixou claro que a picape não chegaria às lojas. “Criar um carro de sonho para exposição, como fizemos agora, é uma tarefa fantástica para todos os envolvidos: sem termos que nos preocupar com detalhes como custos de fabricação, prazos e limites de orçamento, dá para soltar a imaginação e transformar em realidade coisas que, num carro de linha, ficariam inviáveis”, explicou o designer Veiga na apresentação do modelo.
Fotos: Divulgação e Arquivo Motor1.com
Galeria: VW Saveiro Rocket
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