Nota do Motor1.com Brasil: Estamos estreando uma nova coluna que será publicada semanalmente, chamada Conceitos Esquecidos. Protótipos são comuns no mundo automotivo, antecipando novos modelos, mecânicas, tecnologias ou tendências de design. Porém, poucos deles se tornam modelos de produção. Iremos resgatar os conceitos mais legais, nacionais ou não, e explicar o que ele tinha de marcante.
Nome: Mercedes-Benz F100
Apresentação: Salão de Detroit (EUA) 1991
Especificações: tração dianteira, motor 6 cilindros em linha abastecido com hidrogênio, cinco lugares (com o banco do motorista central), células solares no teto e portas dianteiras do tipo "gaivota", que abrem para cima e para frente ao mesmo tempo.
Porque lembramos dele:
Ok, pode não ser tão bonito quanto o conceito do 300 SL, mas o F100 não foi criado para ganhar concursos de beleza. A ideia por trás do conceito era trazer o máximo de tecnologia possível.
Com banco do motorista central semelhante ao do lendário McLaren F1 e de outro conceito esquecido, o BMW Z13, o F100 é uma minivan bem incomum com muitos equipamentos que eram bem especiais para a época. Tanto é que alguns deles ainda não são padrão em muitos carros de produção hoje em dia. Tinha bancos com ajustes elétricos, navegador por GPS, volante com ajuste elétrico, monitoramento de pressão dos pneus, sensor de chuva e chave-cartão.
Também era equipado com faróis de xenônio (que parece os utilizados no Classe S W221), uma tecnologia que só foi parar nos carros de produção no final daquele ano, com o BMW Série 7. Antecipando a era dos carros conectados, o F100 trazia um telefone controlado por voz e tinha até câmera de ré. Se não acha impressionante o suficiente, saiba que a Mercedes conseguiu colocar até um computador e uma máquina de fax dentro do carro.
Para alimentar tantas tecnologias, o conceito recebeu células solares pelos quase dois metros quadrados do teto, que geravam até 100 watts. Ele certamente precisava de bastante energia, já que até as portas dianteiras operadas por toque usavam eletricidade, dando acesso aos cinco bancos concha distribuídos na curiosa posição 1+2+2.
Não seria um carro de estudo decente se não tivesse uma série de tecnologias inéditas. A Mercedes colocou sistemas de detecção de ponto cego e assistente de permanência em faixa, além de controle de cruzeiro adaptativo que usava radares montados na frente e na traseira do veículo - exatamente como temos nos carros atuais mais caros.
Por fim, o F100 foi desenvolvido com uma plataforma de tração dianteira, que só foi utilizada pela marca em 1997, quando lançaram o compacto Classe A, seu primeiro modelo de produção deste tipo.
Ah, mencionamos que o motor a combustão usava hidrogênio? Pois é, os engenheiros da Mercedes experimentaram algumas ideias de combustível alternativo e este foi um deles.
Fotos e vídeo: divulgação
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