Teria o ano de 2017 visto a ascensão de um novo líder entre os fabricantes de carros? Uma coisa é certa, será uma guerra de números. E foi Carlos Ghosn quem disparou o primeiro tiro, declarando que a Aliança Renault-Nissan Mitsubishi vendeu mais carros do que o Grupo Volkswagen ao longo do ano. A afirmação foi feita durante um encontro do Comitê de Finanças e da Comissão de Assuntos Econômicos da Assembléia Nacional francesa, no último dia 17.
"A aliança, com mais de 10,6 milhões de carros de passageiros e veículos comerciais leves vendidos em 2017, é o principal grupo automobilístico do mundo", disse o chefe da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Certamente é menos do que os 10,74 milhões divulgados pelo Grupo Volkswagen, mas que inclui cerca de 200 mil caminhões. "Em geral, estes não se enquadram nas nossas estatísticas", continuou Carlos Ghosn, concluindo com: "Portanto, não há mais o que discutir".
No papel, os fatos estão lá. A Aliança está realmente à frente no campo dos automóveis com a chegada da Mitsubishi ao grupo, o que aumenta os números em quase um milhão de carros por ano. Por outro lado, as estatísticas e os números de vendas sempre levaram em conta os veículos pesados, como fez a Toyota, a número 1 do mundo à frente do Grupo Volkswagen, que também incluiu os números da marca Hino nas vendas.
Então seria só falácia de Carlos Ghosn? Talvez um pouco, mas não podemos esquecer que as vendas da Renault, cujos números foram publicados nos últimos dias, estão em alta: 3,76 milhões de carros da fabricante foram vendidos no mundo, número que representa aumento de 8,5% em relação a 2016.
Fotos: divulgação
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