Desenhar um carro a partir de uma folha de papel em branco até o produto final brilhando nas lojas é um trabalho bem complicado. Não é simplesmente fazer alguns rabiscos e falar para fabricá-lo. Tivemos acesso exclusivo ao novo centro de design da Audi, em Ingolstadt, Alemanha, para ver como as técnicas tradicionais são misturadas com os métodos modernos.
O quartel general da Audi é como uma pequena cidade. Tem suas próprias ruas, estacionamentos e até mesmo força de segurança. O "Design Centre" é feito de vidro especial, que deixa a luz natural entrar, mas não os olhares.
Os tradicionalistas ficarão felizes em saber que o processo ainda começa com papel e lápis. As linhas básicas são desenhadas e sua essência é aplicada em versão mais convencional, mas ainda artística. Muito desse trabalho não será visto nas ruas, mas parte ainda será vista na próxima etapa, digital.
Estes desenhos são escaneados para um computador e ganham vida em forma tridimensional. CAD, ou "computer-aided design", mostram aos designer como fazer uma versão mais realística do carro. Aqui que as dimensões são manipuladas e detalhadas para dados como espaço interno e porta-malas e a posição de dirigir.
Aqui entra a ciência. Normalmente, o próximo passo seria construir o carro em "clay" e passar um bom tempo esperando entre o CAD e o modelo. O novo supercomputador da Audi deixa o processo mais rápido, usando a realidade virtual.
Computadores com 1 metro de altura podem criar projeções em tamanho real tão realísticas que você pode quase tocá-lo. Ele pode ser visualizado de qualquer ângulo, ou mesmo a qualquer situação de luz, para ver como as sombras se comportam.
Ajustes podem ser feitos e assim os designers podem ter uma boa ideia de como suas criações interagirão com o mundo. Neste momento, os diretores da marca são convidados para ver o carro virtual e falar sobre o design.
Mesmo com uma tecnologia impressionante, a Audi ainda valoriza os métodos tradicionais. Depois que o computador esculpiu um bloco de clay de 2.500 kg, os designers colocam a mão na massa (literalmente) para fazer os ajustes. Algo na tela é de um jeito, mas o desenho milimetricamente perfeito vem ao mundo em três dimensões antes de ser escaneado pelo computador novamente, pronto para a produção.
Foi um privilégio conhecer este santuário do design antes que ele começasse a operar totalmente, dando origem aos novos modelos da marca.
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