Considerado altamente competitivo, seleto, exigente e bairrista, o mercado automotivo japonês (o terceiro maior do mundo) não é o que podemos chamar de "local simpático" para montadoras de origem estrangeira. Via de regra, apenas fabricantes europeias especializadas em luxo e performance têm algum espaço por lá - e ainda assim bastante restrito. No entanto, a ascensão recente de uma marca generalista - e, mais do que isso, de origem norte-americana - tem chamado a atenção de consumidores e especialistas do setor. Falamos da icônica Jeep, que tem registrado vendas recordes, crescimento constante e se posicionado como montadora yankee de maior sucesso na terra do sol nascente.
Conforme revela reportagem da agência Automotive News, no acumulado de 2017 a Jeep já é a 7ª estrangeira mais vendida do Japão, perdendo apenas para marcas da Europa. O crescimento registrado é de 6,9% e as vendas somadas já chegam a 6.344 unidades - com previsão de alcançar os 10 mil exemplares até o final do ano. Para efeito de comparação, a Chevrolet é a norte-americana mais próxima no ranking, mas emplacou ínfimas 373 unidades - menos até mesmo que a Ferrari. A Cadillac também acumula baixa participação, com 327 unidades e desempenho inferior ao da Lamborghini.
O que explica, então, tamanho sucesso, ainda mais levando em consideração dificuldades naturais daquele mercado como barreiras tarifárias e exigência dos consumidores? Na visão de alguns especialistas, são muitas as respostas: motores bem ajustados e que atendem aos incentivos locais, espelhos retrovisores adequados e padronizados para uso nas estreitas vagas de estacionamento do país e navegação via GPS com mapas de cidades japonesas já instalados de fábrica. Também pesam a favor a rede composta por 82 concessionárias (eram cerca de 52 em 2010) e o aumento dos gastos com publicidade e divulgação.
"É mais sobre a marca e menos sobre a origem", comentou Pontus Haggstrom, CEO da FCA Japão. "Em lojas anteriores, o que se via eram concessionárias americanas transplantadas para o Japão", explicou, apontando também mudanças na rede. Segundo o executivo, 50 lojas serão renovadas até 2018 dentro de um conceito que inclui azulejos azuis, amplas janelas e decoração arborizada. Outras novidades são uma sala especial para entregas e amplo estacionamento (algo bastante raro no país).
Por lá, o modelo mais vendido da marca é o Renegade, mas também são oferecidos o Cherokee, o Grand Cherokee e o Wrangler - este, inclusive, tem no Japão o seu quarto maior mercado global. Para os próximos meses também está previsto o lançamento da nova geração do Compass, sucesso no Brasil.
Fonte: Automotive News
Fotos: divulgação
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