A Volkswagen sabe que demorou um pouco para oferecer novos SUVs, mas agora se prepara para uma ofensiva mais forte para o mercado brasileiro nos próximos anos. Em conversa com o Motor1.com no Salão de Frankfurt, o presidente da Volkswagen do Brasil, David Powels, afirmou que o desejo da marca é ter entre quatro e cinco SUVs à venda no país.
Sua análise é baseada na perspectiva do crescimento de vendas dos utilitários esportivos. "Nos próximos cinco anos, a participação do segmento de SUVs no Brasil será mais de 30%, talvez 35%, então, se você tem planos para ter uma participação de mercado expressiva, é preciso participar neste segmento com potencial de crescer", disse Powels.
O primeiro lançamento será o novo Tiguan AllSpace, versão que chegará apenas na configuração de sete lugares no primeiro semestre de 2018. De acordo com o executivo, assim que a nova geração chegar, o Tiguan atual sairá de cena.
Segunda novidade será o inédito T-Cross, SUV compacto que chegará para brigar com modelos como Honda HR-V, Jeep Renegade, Nissan Kicks e cia. A expectativa da montadora é revelar a novidade no segundo semestre, aproveitando a exposição do Salão do Automóvel de São Paulo.
Terceiro modelo será o SUV de porte médio, conhecido até agora pelo codinome Tharu, e que tem grandes chances de ser produzido na Argentina. Também construído sobre a plataforma MQB, terá dimensões semelhantes ao Skoda Karoq, modelo inédito da marca tcheca apresentado mundialmente aqui em Frankfurt. No Brasil, será posicionado entre o futuro T-Cross e o Tiguan AllSpace.
Quarto modelo é o já conhecido Touareg, modelo topo de gama. O SUV de luxo continua firme e forte no portfólio da marca no Brasil, sendo uma das vitrines de tecnologia.
O quinto modelo é uma possibilidade. Até então praticamente descartado, o executivo confirmou que está estudando a importação do gigante Atlas para o Brasil. Embora seja maior, seria posicionado abaixo do Touareg. Produzido nos Estados Unidos, o estudo envolve, entre outras questões, o preço final de produto, capacidade de produção e questões relacionadas aos impostos de importação.
Em relação ao T-Roc, crossover apresentado em Frankfurt, Powels preferiu não descartou e também não o confirmou para o mercado brasileiro. A estratégia, neste caso, caminha no sentido de aguardar a evolução do segmento automotivo no Brasil e a demanda por SUVs para a avaliar esta possibilidade. Para uma marca que vinha sofrendo por não ter um leque mais amplo de SUVs, por que descartar um produto que poderia ajudar a compor uma gama ainda mais completa?
Por Fábio Trindade, de Frankfurt - Alemanha
Viagem a convite da Anfavea
Fotos: Divulgação e Motor1.com
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