Encarado até pouco tempo atrás como item de luxo e sofisticação presente apenas em carros caros, o câmbio automático passou a ser percebido pelo mercado nos últimos anos como um componente de primeira necessidade. A procura por esse tipo de transmissão explodiu no Brasil em pouco mais de uma década, e os números da consultoria Jato Dynamics só provam o quanto a aposentadoria do pedal de embreagem tornou-se comum. Do consumidor mais abastado ao de orçamento mais enxuto, ninguém mais quer ter trabalho trocando de marcha, sobretudo quem encara trânsito pesado.
De acordo com a JD, a demanda por automáticos no mercado brasileiro em 2006 era de apenas 8,6% - ainda bastante tímida e restrita a modelos mais caros. Em 2011, por exemplo, essa fatia subiu 19,7% e no acumulado de 2017 já chega a impressionantes 39,9%. Os números refletem a preferência do consumidor pelo conforto, o que justifica a ampliação da oferta desse tipo de transmissão. Hoje em dia é possível se ver livre da troca de marchas por aproximadamente R$ 45.450, como no caso do Fiat Mobi equipado com câmbio GSR.
O levantamento aponta também para o crescimento de outras tendências. A exigência de ar-condicionado de série, por exemplo passou de 31,8% para 91,1% nos últimos dez anos. No mesmo compasso, equipamentos como computador de bordo (72,1%), direção assistida (99,6%) e vidros elétricos dianteiros (97,9%) tornaram-se quase que obrigatórios. Apple CarPlay (44% dos emplacamentos), Android Auto (42%) e Mirror Link (15%) também mostram a força da conectividade.
O hatches seguem como segmento mais popular do mercado, mas amargando forte queda de participação. Os SUVs, por sua vez, representam a categoria que mais cresce - e sem sinal de desaceleração.
Fonte: Automotive Business
Fonte: Divulgação e arquivo Motor1.com
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